O processo de consolidação do setor bancário doméstico teve seu mais novo episódio na última quinta-feira (11), com o anúncio de que o Banco do Brasil (BBAS3) acertou a aquisição do Besc – Banco do Estado de Santa Catarina.
Líder do mercado brasileiro, a instituição de capital misto – controlada pelo Governo, mas com ações na mão do setor privado – busca incorporar bancos públicos regionais, a fim de acompanhar o ritmo de fusões e aquisições de grandes concorrentes privados, como o Itaú e o Bradesco.
Especula-se que o próximo alvo de aquisição do banco federal seja a Nossa Caixa(BNCA3), atualmente sob o controle do governo do estado de São Paulo, o que impulsionou os ganhos superiores a 50% de seus papéis desde o início deste ano.
Detalhes
Com valor total anunciado em R$ 685 milhões – R$ 411 milhões para a aquisição do Besc e R$ 274 milhões por seu braço de crédito imobiliário, Bescri -, a operação será concretizada por meio de troca de ações, na proporção de uma ação do BB para 1.592,2 ações ordinárias da Bescri, assim como um papel do BB por 12,1 ações do Besc, sejam quais forem suas classes (ON, PNA, PNB), o que redundará na emissão de 23.074.306 ações do BB.
No entanto, a aquisição ainda necessita da aprovação dos acionistas do Besc, por meio de Assembléia Geral Extraordinária (AGE) a ser realizada em 30 de setembro. Segundo comunicado ao mercado, o direito de recesso dos acionistas de Besc e Bescri não se aplica aos papéis adquiridos após o dia 11 de setembro.