Pelo menos quatro empresas que atuam no Brasil começam a divulgar hoje sua entrada no Google+, rede social do Google, que abriu espaço para perfis corporativos, em meio à disputa com o Facebook pela audiência nas redes sociais e na internet.
São elas Guaraná Antarctica, Gol, Unilever e Walmart -que não revelam o valor do investimento realizado.
A permissão para que companhias entrem na rede social, lançada para pessoas físicas há quatro meses, foi dada ontem no fim da tarde.
"Nossa estratégia em mídias sociais no país acontece há três anos. Queremos também essa nova rede", diz Roberto Wajnsztok de Oliveira, diretor de marketing e novos negócios do Walmart Brasil.
A companhia pretende postar ofertas de produtos e "falar com o consumidor".
Uma das ferramentas do Google+ que mais interessam às empresas é o "hangout", que possibilita videoconferências ao vivo conectando um interlocutor (no caso, a companhia) a vários outros (os consumidores).
"Não acreditamos em uma rede social que seja definitiva. Agora, o Google nos oferece boa ferramenta para reforçar a identidade do consumidor com a nossa marca", afirma Roberto Martini, presidente e chefe de criação da agência CuboCC, responsável pela estratégia digital de 11 marcas da Unilever.
Neste primeiro momento, apenas a marca Axe (desodorante), voltada ao público mais jovem, terá página na rede. A Axe também está presente no Facebook e no MSN.
Um dos desafios do Google+ é ganhar seguidores. E a quantidade de usuários tem relação com o sucesso das estratégias de comunicação das empresas nas mídias sociais.
NÚMEROS
Até agora, 40 milhões de pessoas físicas utilizam a nova rede no mundo todo -no Facebook, são quase 770 milhões (veja quadro).
"Apostamos no crescimento da rede, afinal, quem está nisso é o Google, nenhuma "startup" [empresa iniciante]", diz Thiago Hackradt, gerente de marketing digital da Guaraná Antarctica.
"Seja como for, é mais um canal para colocarmos a marca em contato com os viajantes", diz Florence Scappini, diretora de marketing, comunicação e inovação da Gol.
O Google afirma que o aumento do número de usuários "vem com o tempo", inclusive no Brasil.
"É importante aprender com o usuário para que ele se sinta estimulado a participar do que a rede tem a oferecer", afirma Bradley Horowitz, vice-presidente de produtos do Google.