MEI – a década do microempreendedor

Desde a criação do microempreendedor individual, muitas pessoas vêm se cadastrando e entrando para essa atividade profissional, que inclusive, pode ser feita pela internet em poucos minutos. Mas afinal, por que o número de MEI vem crescendo tanto?

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em 2009, ano em que foi aprovado essa subcategoria de microempresa, 4,1 milhões de brasileiros trabalhavam como autônomos. Porém essa quantidade cresceu aproximadamente em 178%, de acordo com a Receita Federal, pois em janeiro de 2021 já são quase 11,4 milhões de MEIs no Brasil.

“A criação dessa modalidade foi muito importante, pois parte da população que trabalhava sem renda fixa, não tinha acesso aos benefícios previdenciários, como aposentadoria por idade ou invalidez, salário maternidade e auxílio doença, mas essa realidade mudou com o microempreendedor individual”, explica Caio Mastrodomenico, CEO da Vallus Capital.

E esses eram, sem dúvidas, o motivo pela qual os trabalhadores não deixavam seu emprego de carteira assinada para seguir seus sonhos e abrir o próprio negócio. “Ninguém troca o certo pelo duvidoso, logo, deixar um pai ou uma mãe de família sem a garantia do salário do final do mês, era algo muito arriscado. Mas tudo mudou com a chegada desta subcategoria”, complementa.

Essa década está sendo considerada a do microempreendedor, e para Mastrodomenico, isso é devido aos problemas econômicos do país que geraram uma crise que engloba o desemprego, ou seja, muitos candidatos para poucas vagas, fazendo com que seja o gatilho inicial para a criatividade e o surgimento de pequenos negócios.

“Basicamente, depois de um certo tempo sem conseguir um emprego a pessoa necessita de uma renda, e é a partir daí que surgem as ideias de vender roupas, doces ou outros alimentos, e até mesmo de criar a coragem de investir nos próprios sonhos. Com os benefícios oferecidos pelo governo, essa estratégia se torna ainda mais válida”, comenta o CEO.

Além disso, ao se declarar como empresário e sendo portador de um CNPJ, a busca por créditos bancários se torna ainda mais fácil. Um exemplo disso é a antecipação de recebíveis, que permite que o vendedor receba o valor integral de suas vendas a prazo, sem que ele fique com capital baixo e problemas financeiros.

“Com todos esses avanços, hoje em dia não precisa ter medo de se arriscar em abrir uma microempresa. Existem muitas opções que podem auxiliar a conquistar esse objetivo e evitar de ficar sem renda. A década do MEI, como estão chamando, veio para revolucionar e mostrar que tudo é possível”, finaliza.

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