O setor de fios e cabos e produtos semimanufaturados de cobre e suas ligas  perde aproximadamente R$ 38 mil por dia com o roubo do insumo. Quando se compara os 12 meses de 2007 com o mesmo período de 2006, verifica-se um aumento significativo de 11,4% no volume de toneladas desviadas. Os dados são do levantamento exclusivo do Sindicato da Indústria de Condutores Elétricos, Trefilação e Laminação de Metais Não-Ferrosos do Estado de São Paulo (Sindicel) e da Associação Brasileira do Cobre (ABC), entidades que, juntas, reúnem toda a cadeia produtiva do cobre no Brasil.

A pesquisa revela, ainda, que a sangria de recursos do setor no ano passado é ainda maior. Enquanto em 2006, o prejuízo para os fabricantes foi de R$ 13,8 milhões, em 2007 a perda registrada é de R$ 14,2 milhões. “A situação é alarmante, pois as empresas estão sofrendo bruscamente com a ausência de medidas eficazes de combate às quadrilhas especializadas”, afirma Sérgio Aredes, presidente do Sindicel.

O número de ocorrências salta de 77 no ano retrasado para 96 no ano passado. Isso significa cerca de dois pedidos de registros por semana.  “O desafio para 2008 é impedir que esse quadro se repita e, principalmente, que o roubo de cobre se torne um entrave para o desenvolvimento do setor”, conclui Aredes.