Salário avança e investimento de empresa diminui, aponta IBGE

O peso dos salários e das outras remunerações de empregados no PIB (Produto Interno Bruto) do país avançou nos últimos anos, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Essa parcela passou de 40,1% em 2005 para 43,6% em 2009.

Em contrapartida, a participação do capital das empresas –investimentos em bens, máquinas, prédios e outros– caiu de 35,2% para 33,2% no mesmo intervalo de tempo.

Esses dados são possíveis de mensurar apenas na divulgação das informações definitivas do PIB de 2009, apresentada nesta quinta-feira (17) e que revela a composição da renda. Nas divulgações do PIB trimestral, o IBGE só divulga dados das ópticas da produção e da demanda (consumo, investimento etc).

Para estimar a renda, o IBGE usa informações do Imposto de Renda Pessoa Jurídica e da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), disponíveis somente para a elaboração dos dados definitivos do PIB e que informam a renda de famílias e empresas.

A partir desses dados, o IBGE divulgou ainda o peso de cada setor institucional no PIB do país. As empresas não financeiras tiveram uma participação de 55,5% em 2009, seguidas por famílias, com 20%, administração pública, 16,3%, empresas financeiras, 7,2%, e instituições sem fins lucrativos, 1%.

Segundo o IBGE, a taxa de investimento na economia brasileira, em 2009, foi de 18,1% do PIB. O percentual é inferior aos 19,1% de 2008, mas supera o de 2005 –15,9%. Já as famílias investiram 25,7% de sua renda. As empresas não financeiras, 22,4%.

O IBGE mapeou ainda o perfil do endividamento das famílias. Do total, 52% eram referentes a empréstimos e financiamentos em 2009. Esse percentual era menor em 2004: 36%.
 

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