Causa potente

Não é incomum em meus atendimentos as pessoas consultarem sobre o que elas deveriam empreender. Nestes casos, quando a pessoa tem vontade de empreender, mas não tem ideia de que tipo de negócio abrir, sugiro um exercício simples, porém poderoso. Recomendo que ela feche os olhos e identifique dentro de si aquilo que ela mais ama fazer, tem habilidade para tal e que faria até de graça. Com os olhos abertos, descubra no mercado alguém que estaria disposto a pagar por este serviço ou produto. No encontro destes dois olhares está a oportunidade singular de cada um.

Este exercício oferece uma boa direção para a pessoa identificar a sua oportunidade de negócio, mas para quem pensa grande, quer realizar Um Novo Empreendedorismo e está buscando um efeito potente no ato de empreender, como tornar-se um empresário rico e feliz é necessário aprofundar e encontrar o apelo de uma causa potente para empreender.

Acompanhe esta história. Vamos imaginar a seguinte situação numa festa. À mesa, uma moça comenta que está com sede. Um dos garotos que lhe fazem companhia levanta-se, desloca-se até a geladeira e gentilmente a serve. Veja, a moça poderia fazer o mesmo que o garoto e servir-se. No entanto, ao deslocar-se até a geladeira, enfrentaria uma zona de desconforto. Estaria sob a mira de olhares desconhecidos. De homens nada gentis e de mulheres que a olhariam de cima a baixo para um julgamento impiedoso.

Numa fração de segundo, ela avalia que para manter o ser confortavelmente vivo é necessário beber um copo d´água. No entanto, o custo total para realizar este ato lhe parece alto demais e conclui que beber água naquele momento não é vital. Seria bom, agradável, conveniente, se de repente alguém lhe servisse uma água gelada. Mas não era uma questão de vida ou morte.

Então, de maneira supostamente desinteressada, comenta à mesa: “galera, estou morrendo de sede, vocês não?” Ao falar, concomitantemente, lança olhares “distraídos” para os rapazes. Com isso, a moça fez o seu jogo de charme e sedução para conquistar a sua intenção: manter-se viva agradavelmente, ao menor custo possível.

Acompanhe outra história. Vamos imaginar que um jovem de poucas posses necessite de um novo par de tênis. Mesmo que não tenha consciência, o jovem está no centro de um campo de forças. De um lado, pressionado pela necessidade de comprar um par de calçados. De outro, pressionado pelo custo da compra. A lógica financeira recomenda a compra de um tênis de baixo preço. No entanto, não é o que acontece.

O jovem sacrifica-se, compromete sua alimentação, e compra um tênis caro, de última geração, alta tecnologia e marca ‘Premium’, de prestígio. Este gesto revela que o jovem foi conduzido pela intenção que faz o ser ponderar sobre o que lhe seria vital: sacrificar-se para obter a condição de compra do objeto desejado ou o custo da exclusão social por ficar fora de moda? A decisão parece obtusa, no entanto, para o garoto, a compra do tênis ‘Premium’ foi o gesto de menor custo.

A escolha por um tênis da moda não era uma opção do tipo “que bom se fosse possível” ou “ah! Se eu pudesse comprar”. Absolutamente, não! Para o jovem, diferentemente da moça da festa que estava com sede, a compra daquele tênis era uma questão de vida ou morte social: ser aceito pelo seu grupo ou ser excluído.

Para a moça da festa, beber um copo de água gelada estava no âmbito do agradável, logo, uma causa pequena. No entanto, para o jovem pobre, a potência da causa era enorme, questão de vida ou morte social, o que provocou a compra de um objeto às custas da própria alimentação.

No mundo dos negócios, o mesmo fe nômeno ocorre. Vimos na coluna do mês anterior a pesquisa que revelou que ao perguntarmos aos empresários “você gostaria de ficar rico?” quase todo mundo respondeu que sim, mas, ao final da pesquisa, pouquíssimos de fato estavam se movendo nesta direção. A pesquisa mostrou o efeito “moça com sede” e “jovem com necessidade vital”.

No Brasil e em países latino-americanos, quando aparecem duas forças contrárias em uma pessoa, como a vontade de querer ficar rico e o custo para atingir este objetivo, a “potência da causa” que vai definir a “potência do efeito” é fraca. Aliás, muito fraca. Isto porque, definitivamente, não enxergamos a riqueza como algo necessário. E menos ainda, necessário em seu grau máximo, como uma questão de vida ou morte. Vida ou morte espiritual. Vida ou morte social. Isto sim são causas potentes, às quais poderíamos corresponder para termos um efeito potente como tornar rica e grande nossa empresa.

Outras causas potentes: acreditar que ficar rico é bom. Veja, acumular continuamente conhecimento e riqueza é um hábito espontâneo que carregamos conosco tão antigo quanto a humanidade. Sem que nos demos conta, somos impelidos a prosperar. Ninguém jamais viu alguém ter a intenção de vir a ser pobre. A sonhar em ganhar menos do que ganha. Em querer, em sã consciência, um desconforto maior para si e para os seus. Ao contrário, a realização da abundância é um hábito que se manifesta espontaneamente em nós, sem que precisemos pensar sobre isto.

Outra causa: a realização da riqueza e do amor. A realização da riqueza também é a realização do amor. Não há sistema econômico baseado na troca no qual neste ato não se faça o bem. Aquele que compra satisfaz suas necessidades e desejos com o que de bom lhe oferece aquele que vende. Isto é amor. Essa realização é que propicia a acumulação de riqueza. Isto nos mostra o envolvimento do amor na riqueza. Ele existe, é real. Tendo-se esta compreensão, podemos sempre contemplar a riqueza como uma moeda solidária, na qual se realizam, simultaneamente, o amor e a riqueza.

Agora feche os olhos e descubra a sua causa potente, a causa nobre que o encante a uma realização de efeito potente, como ajudar milhares e milhões de pessoas com algo especial que você ame fazer, tem habilidade e até faria de graça e, concomitantemente, tornar-se um empresário rico e feliz.

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