Ainda há muito espaço no mercado de decoração brasileiro, diz Cecília Dale

Ao perceber que as três filhas estavam crescendo, Cecília Dale decidiu se ocupar fabricando em casa caprichadas cestas e baixelas de vime. Em plenos anos 80, com o mercado fechado para produtos importados e uma clientela carente de novidades, não demorou para o negócio decolar. De uma hora para outra, a sala da casa de Cecília estava tomada por lojistas e clientes encantados pelo bom gosto das peças. "Percebi que era hora de arranjar outro espaço, e abri minha primeira loja no Itaim," conta a empresária.

Hoje a rede já tem 10 unidades espalhadas pelos bairros e shopping mais chiques de São Paulo e recebe a clientes de todo o país. Móveis garimpados em viagens pelo exterior se juntam aos objetos de decoração fabricados por Cecília e sua equipe. O mix diferenciado de produtos fez tanto sucesso que a empresária, mais uma vez, se prepara para dar um passo a frente. "Estamos planejando abrir uma loja em Brasília e outra no Rio de janeiro, já no ano que vem." Questionada sobre a possibilidade de adotar o sistema de franquias, Cecília foi enfática e descartou essa hipótese: "Quero os meus produtos sob o meu olhar".

Em entrevista ao portal Economia & Negócios, Cecília Dale conta que tem dormido muito pouco. "Este ano fechamos 12 projetos de decoração de Natal para bancos e shoppings da capital. Tenho acompanhado as montagens que acontecem de madrugada." Apesar de exausta, Cecília mantém o bom humor. "Adoro o que faço, sou movida a paixão. Quando vejo que as coisas estão ficando bonitas me animo."

O apoio do segundo marido, Vicente Giffoni, também é apontado por Cecília como uma das razões para sucesso nos negócios. "Ele muitas vezes acredita mais em mim do que eu." Vicente, no entanto, teve muito trabalho para conquistar a confiança de Cecília. "Ele queria virar meu sócio e eu tinha medo. Fui parar na terapeuta para discutir o assunto." Foi Vicente também quem ajudou Cecília a realizar o sonho de gravar um CD.

 

 

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