Anatel considera modelo de custo “arma” do governo para baixar preço de telefonia

Definir o que se paga em todos os tipos de ligações é a forma que o governo encontrou para tentar reduzir as distorções no custo das ligações. De acordo com o conselheiro da Agência Nacional de Telecomunicações, Pedro Jaime Ziller de Araújo, o governo quer evitar subsídios cruzados, além de corrigir várias contradições na cobrança de tarifas, definindo um modelo de custo, que deverá estar implantado até 2010.

“Estamos insistindo e a proposta está chegando agora a um modelo mais consistente. Trata-se do modelo de custos da telefonia. Esse modelo vai servir tanto para a telefonia fixa quanto para a móvel. A expectativa que se tem é que, ao estabelecer esse preço, a gente consiga baixar a assinatura básica, os valores de interconexão e mais o que se consiga baixar no geral".

Ziller citou a diferença entre o que se cobra nas ligações pré-pagas e pós-pagas como um exemplo de distorção. “Como posso falar dentro de uma mesma rede e pagar seis centavos [no pós-pago] e R$ 1 [no pré-pago]. Quando falo de uma rede para outra, pago cinqüenta centavos? Tem alguma coisa que não está correta”.

Para Ziller , é necessário ter um modelo para dizer o que não está correto. "Não adianta tentar corrigir pontualmente uma coisa e não ter referência do outro lado. Tem que ter uma visão mais global para poder defender, e o modelo de custo vai nos dar essa visão”.

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