Aumento dos preços nos planos de saúde abre novas possibilidades de negócios

Manter a saúde em dia sem depender do sistema público é o sonho de qualquer brasileiro. No entanto, para boa parte da população, contar com um plano de saúde já não é mais viável. Enquanto o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) aumentou 2,68% em março, a previsão do mercado é de que as tarifas desse serviço cresçam até 13% em 2018. De acordo com a Agência Nacional de Saúde (ANS), a elevação das tarifas é um dos motivos pelos quais mais 280 mil usuários cancelaram os contratos em 2017.

Guilherme Schneider, gerente operacional da Total Saúde, empresa que responde pela comercialização de um cartão de benefícios de nome homônimo, diz que a população tem procurado outras alternativas. “Atuamos justamente neste novo nicho de mercado que está surgindo. Muitas pessoas estão abrindo mão de planos por conta de custos muito altos e procurando nossas soluções. O cartão, por exemplo, garante facilidade e rapidez no acesso à rede médica com preços mais acessíveis”, avalia.

Em 2017, o aumento das tarifas dos planos também não agradou o consumidor. De acordo com a ANS, as opções individuais subiram até 13,55% e as coletivas ficaram entre 20% e 30% mais caras. “Obviamente existe um estudo para ocorrer essa elevação e ela preza pela sustentabilidade desse modelo de negócio. Existe uma gama de serviços ofertada dentro do escopo, que é diferente das outras opções do setor. No entanto, a inviabilidade é cada vez maior para boa parte da população”, destaca o executivo.

No caso dos cartões de benefícios, o cliente paga taxas mensais que giram em torno de R$ 40,00 e que incluem não só o beneficiário principal, como até outras cinco pessoas da sua família. “Todos recebem o cartão e possuem descontos em consultas, exames e medicamentos, além de outros serviços, como auxílio funeral, por exemplo”, comenta. O pronto-atendimento não está incluso nesta modalidade.

Enquanto nos planos de saúde o usuário paga a taxa mensal e, dependendo do contrato, um valor de coparticipação, nos cartões de benefícios, a cobrança ocorre em outro formato. Além da mensalidade, há o custo do serviço de saúde, pago no momento da utilização. Um exemplo dado por Guilherme esclarece a diferenciação: quem usa o cartão, paga a taxa pré-estabelecida todos os meses, independentemente da idade do contratante. Quando fizer uma consulta, paga por ela um valor também pré-determinado. “No nosso caso ele vai de R$ 40,00 para clínico geral e até R$ 120,00 para especialista”, finaliza.

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