Brasil chegou no fim da festa do grau de investimento

Mais de um mês depois de o Brasil ter conquistado o segundo grau de investimento (investment grade), concedido pela agência de classificação de risco Fitch no dia 29 de maio, ainda não se confirmaram as previsões do mercado de que esse fato traria mais investimentos e empréstimos para o País. Pelo contrário, junho teve saída líquida de recursos estrangeiros de US$ 5,57 bilhões na conta financeira.

Para o diretor-executivo da Fitch Ratings no País, Rafael Guedes, o principal motivo para a frustração das expectativas até agora é que o Brasil chegou no fim da festa da economia mundial ao todo da lista de baixo risco de investimento. "Houve uma festa que durou muito tempo e agora tudo indica que a festa está acabando: tem menos bebida, a banda já não toca mais como antes e há muita gente que bebeu demais", disse Guedes.

O executivo informou, porém, que há mais empresas preparando captações no mercado externo. Guedes destacou que, no longo prazo, o investment grade ajudará o País a atrair recursos com custos menores. Ele também disse que, "no futuro, os fundos de pensão vão ter o Brasil nos seus índices, mas isso é um processo que acontece aos poucos, não é logo depois do investment grade". "Eles têm de fazer uma seleção", afirmou.

Facebook
Twitter
LinkedIn