Brasil deve voltar a ser líder em taxa real de juros

O Brasil deverá retomar a liderança dos maiores juros reais (descontada a inflação) do mundo, depois de sete meses ocupando a segunda colocação. De acordo com levantamento feito pela consultoria UPTrend, se o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central optar, mais uma vez, pela manutenção da taxa Selic em 11,25% ano na reunião de hoje, o juro real brasileiro ultrapassará o da Turquia, até então líder no ranking mundial.

A diferença entre a taxa dos dois países é mínima: 6,73% ao ano no Brasil e 6,69% na Turquia. Segundo o economista-chefe da UPTrend, Jason Vieira, a explicação para a mudança no ranking é a retomada do ciclo de queda dos juros por parte da Turquia, enquanto o Brasil ficou estacionado em 11,25% ao ano desde outubro do ano passado. Além disso, a inflação voltou a se comportar bem nas últimas semanas, destacou ele.

No ranking de juros nominais, sem descontar a inflação, o Brasil está fora da liderança pelo 11º mês consecutivo. Independentemente de qualquer decisão do Copom hoje, o País permanecerá na terceira colocação, atrás da Venezuela (17,5% ao ano) e da Turquia (15,4% ao ano). Mas, com os sucessivos cortes de juros do país turco, o Brasil corre o risco de ganhar posições nos próximos meses e passar para o segundo lugar, diz o economista.

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