Brasil tenta garantir apoio para comando da FAO

 A pouco mais de duas semanas das eleições para a direção-geral da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), o Brasil intensifica a campanha em favor da candidatura do ex-ministro de Segurança Alimentar e Combate à Fome José Graziano da Silva. Ele e o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, estão em Nova York, onde participam da Assembléia Geral das Nações Unidas para manter as reuniões bilaterais.

As eleições começam no próximo dia 25 de junho e só terminam no dia 2 de julho. O processo dura cerca de uma semana e envolve uma série de fases, nas quais os candidatos são eliminados a cada nova etapa, restando os demais até ficar um somente. Os 191 representantes estrangeiros no órgão têm direito a voto. Se eleito, Graziano exercerá o mandato de 2012 a 2015.

Há seis candidatos na corrida pelo comando da FAO. Além de Graziano, disputam a vaga ex-chanceler espanhol Miguel Ángel Moratinos, o vice-ministro do Bem-Estar Social da Indonésia Indroyono Soesilo, o ministro da Agricultura da Áustria, Franz Fischle, o ex-representante do Irã na FAO Mohammed Saeid Noori-Naeini e o ex-ministro de Recursos Hídricos do Iraque Abdul Latif Jamal Rashid.

Nesta semana, Patriota e Graziano se reuniram com o presidente da República de Fidji, Epeli Nailatikau, e ministros do Benin,do Gabão e de Guiné. De acordo com diplomatas brasileiros que acompanharam as reuniões, os representantes dos quatro países sinalizaram apoio à candidatura do brasileiro.

Nas conversas, Graziano defendeu a segurança alimentar como instrumento para combater a violência mundial e garantir a estabilidade política e econômica. Segundo diplomatas, os programas de transferência de renda, iniciados por Graziano durante o governo Luiz Inácio Lula da Silva, tornaram-se referência mundial.

Na tentativa de ajudar Graziano, na última semana Patriota aproveitou as viagens a Washington e a Roma (sede da FAO) para fazer campanha. O chanceler conversou com a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, e mais nove autoridades estrangeiras. Patriota também se reuniu com o presidente da Hungria, Pál Schmitt, e os primeiros-ministros de Mônaco, Michel Roger, e do Egito, Essam Sharaf, além dos chanceleres da Jordânia, Nasser Judeh, do Marrocos, Taib Fassi Fihri, dos Países Baixos, Uriël Rosenthal, do Líbano, Ali Hussein Al Shami, da Turquia, Ahmet Davutoglu, e do ministro da Presidência da Argélia, Abdelaziz Belkhadem.

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