Campinas registra maior importação dos últimos quatro anos

A cidade de Campinas apresentou no mês de março de 2008 um recorde nas importações, movimentando 181,5 milhões de dólares, o que representa um aumento de 9,5% em relação a fevereiro, além de registrar um déficit comercial de 223 milhões de dólares nos três primeiros meses de 2008. Esses são alguns dos dados analisados pelo professor da Faculdade de Ciências Econômicas da PUC-Campinas Adauto Roberto Ribeiro sobre a evolução da balança comercial de Campinas entre janeiro de 2004 e março de 2008. Em janeiro de 2004, Campinas importou cerca de 74 milhões de dólares. Já as exportações, nesse período registrava uma marca de 43 milhões de dólares.

De acordo com a análise baseada nos dados do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDCI), neste trimestre as importações de bens de capital tiveram um aumento, o que indica uma expansão da produção local, com novas máquinas e equipamentos sendo adquiridos no exterior. Entre os produtos mais importados estão os dispositivos de cristais líquido, que tiveram um crescimento de 464% comparando-se os primeiros trimestres de 2008 e 2007.

A análise do professor ainda indica os Estados Unidos continuam sendo o principal destino das exportações feitas por Campinas, apesar dos três primeiros meses de 2008 terem registrado uma diminuição dessa atividade. Já se somar as exportações para Argentina, Paraguai e Uruguai, o Mercosul passa a ser o principal destino dos bens produzidos em Campinas. Ainda de acordo com o material levantado pelo professor os meses de março, agosto e outubro de 2006 foram os que registraram a maior movimentação de exportações, variando entre 157 e 166 milhões de dólares.

No que se refere a origem da importação, o professor indica que a Coréia do Sul continua sendo a principal fornecedora, seguida pela China. As importações originadas desse país registrou um aumento de 223% comparando-se os primeiros trimestres de 2008 e 2007. O professor ainda explica que a expansão das importações deve continuar forte e seguir na direção de bens vindos de países asiáticos.

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