Carnaval não exerce forte influência nas vendas nos shoppings, avalia economista

O carnaval não exerce qualquer efeito significativo sobre as vendas gerais nos shopping centers. A avaliação é do consultor de economia da Associação das Empresas Lojistas em Shopping Centers do Estado do Rio de Janeiro (Aloserj), Arthur Fraga. “Não há um pique de vendas expressivo”, disse. A expectativa, segundo ele, é de aumento em torno de 15% em relação aos dias comuns.

No ramo de vestuário, Fraga disse que pode ocorrer um aumento de até 30% de vendas, “no máximo. Em outros setores, até cai”. O segmento de moda esportiva é o mais procurado, incluindo camisetas, bermudas, sandálias.

Segundo o economista da Aloserj, existe um fenômeno que explica esse movimento nos shopping centers no carnaval. “Os gastos são feitos com antecedência ou o dinheiro é canalizado para viagens. O carnaval é o primeiro período de foco de viagem do ano. O segundo é o Natal e o réveillon. Viaja-se mais para fora no carnaval. Então, o consumo no Rio de Janeiro cai”.

O movimento fica concentrado no entorno dos eventos de carnaval e o reflexo nos shopping centers é muito pequeno, disse. A elevação das vendas deve ocorrer nesta semana que antecede os dias de carnaval, mas está atrelada aos produtos ligados diretamente ao evento.

O economista explicou que o carnaval é um evento muito específico e restrito às lojas do comércio varejista de rua que apostam em itens como fantasias e acessórios. Daí o reflexo na área de moda dos shoppings ser reduzido.

“Não há um reflexo de venda geral no comércio. Pontualmente, eu acho que quem não trabalha com produto carnavalesco, mas trabalha com produto de moda que possa ser usado no carnaval, o máximo que pode esperar de aumento nas vendas é 15% em relação aos dias comuns”.

 

 

Facebook
Twitter
LinkedIn