Cheque: enquanto valor de cada folha aumenta 15% em um ano, uso diminui

De acordo com o Diagnóstico do Sistema de Pagamentos de Varejo do Brasil, divulgado pelo Banco Central, o valor médio por cheque aumentou cerca de 15% entre 2006 e 2007 – superior à inflação do período.

O levantamento ainda aponta para um decréscimo no uso desse instrumento, registrado no mesmo período. Assim, em um ano, os cheques caíram de 23,1% para cerca de 19% de participação no total de pagamentos efetuados no varejo sem o uso do dinheiro.

Esses números indicam que a substituição do cheque por instrumentos eletrônicos ocorre, principalmente, nas transações de pequeno valor.

Valores anuais
Se considerar o período entre 2002 e 2007, o valor médio gasto com cheques teve um aumento de 2,5%, passando de R$ 699 para R$ 716.

Durante esse tempo, o valor médio emitido em cada folha até chegou a apresentar uma considerável queda, decrescendo mais de 31,1% entre 2002 e 2003 (ano em que o valor médio ficou em R$ 481).

Nas demais passagens dos anos esse valor só cresceu, sendo que entre 2003 e 2004 subiu 6,03% (de R$ 481 para R$ 510); entre 2004 e 2005, aumentou 9,41% (R$ 510 para R$ 558); e, entre 2005 e 2006, subiu 11,65% (passando de R$ 558 para R$ 623).

Pagamentos eletrônicos
Ainda levando em conta o período entre 2002 e 2007, a participação dos cheques registrou um decréscimo de 36,8%, em relação à quantidade total dos pagamentos de varejo sem o uso do dinheiro.

A queda dos cheques contribuiu para evidenciar o aumento da participação dos instrumentos de pagamentos eletrônicos, que em 2007 atingiram a marca de 81,1%.

Os dados do Diagnóstico do BC revelam ainda outro fator que evidencia esse aumento. Trata-se do total de pagamentos não-em-dinheiro que cresceu 53,4% em cinco anos, entre 2002 e 2007.

Pagamentos inferiores a R$ 5 mil

Se considerar o grupo de pagamentos com valores unitários inferiores a R$ 5 mil, as transações com cheque também reduziram sua participação de 34% para 23%. Já as realizadas com cartões aumentaram de 48% para 55% e as de transferências de crédito (DOC, Bloqueios e TED) de 17% para 22%.

A participação das TED com valor unitário inferior a R$ 5 mil no total de TED emitidas apresenta tendência de crescimento, passando de 6,9% em 2005 para 8,3% em 2007.

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