Comerciantes esperam alta de 12% nas vendas de São João

Na rua, um dos principais centros de distribuição para o varejo brasileiro, 30% das 2 mil lojas vendem algum tipo de produto para a data festiva

As vendas de produtos de festas juninas devem aquecer o mercado varejista em 2011. A expectativa dos fabricantes e comerciantes brasileiros de produtos típicos é que neste ano a demanda seja maior do que em 2010, quando tiveram que competir com a venda de artigos para a Copa do Mundo. De comidas e roupas típicas a fogos de artifícios e itens de decoração, as festas juninas movimentam um extenso mercado em todo o país.

Na 25 de Março, em São Paulo, um dos principais centros de distribuição para o varejo brasileiro, 30% das 2 mil lojas vendem algum tipo de produto para a data festiva. A estimativa da entidade que representa os lojistas é que neste ano o volume de vendas de produtos típicos cresça 12% em relação a 2010.

“Ano passado a demanda foi muito diversificada porque a Copa coincidiu com as festas juninas. Neste ano os lojistas estão focados nas festas juninas, então temos muita oferta de produtos diferenciados, o que atrai os consumidores”, afirma Cláudia Urias, assessora executiva da União dos Lojistas da 25 de Março e Adjacências (Univinco).

As festividades são o principal motor das vendas de fogos de artifício. Somente no mês de junho, os fabricantes vendem mais de 30% do volume comercializado em todo o ano. Apesar de já ter ocupado o topo do ranking, a data continua sendo a segunda mais importante para o segmento. “Há uns 20 anos as festas juninas representavam 60% das nossas vendas, mas agora o réveillon ultrapassou o mês de junho. Mesmo assim o mercado continua muito aquecido”, conta Valter Jeremais, diretor administrativo da Associação Brasileira de Pirotecnia (Assobrapi), que representa a indústria e o comércio de fogos de artifícios.

Para a artesã brasiliense Soraya Michelle de Assis, de 29 anos, a demanda também fica atrás apenas do Natal, tradicionalmente a data mais importante para o varejo brasileiro em geral. Há 10 anos ela confecciona arranjos de decoração feitos de tecido, madeira, produtos reciclados e outros materiais. Atualmente, a autônoma, que pretende se formalizar e virar empreendedora individual em breve, fornece itens para diversas empresas de Brasília, além de condomínios residenciais e pessoas físicas.

Neste ano, a demanda pelos bonecos, arranjos caipiras e flores está crescendo, conta a artesã que fornece, principalmente, para lojas de Taguatinga (DF). “Está aumentando muito a procura por artigos de decoração. O mercado está cada vez mais exigente e acho que meu produto atende, já que é feito com muito cuidado e com exclusividade”, comemora. Por dia, Michelle faz cerca de 120 arranjos, entre pequenos e grandes.

No Distrito Federal, a expectativa é que as vendas cresçam 10% em relação a 2010, segundo previsão do Sindicato do Comércio Atacadista do DF (Sindiatacadista). “Não há como essa época não ser agitada no Distrito Federal. A forte de presença de nordestinos faz com que as festas juninas movimentem o DF”, afirma o presidente da entidade, Fábio de Carvalho.

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