Comércio espera o melhor Natal dos últimos dois anos, dizem CNDL e SPC Brasil

Para lojistas, a injeção de R$ 143 bilhões em função do décimo  terceiro e a inflação  sob  controle vão alavancar as vendas do varejo no fim  do ano

As vendas a prazo do varejo brasileiro na semana que antecede o Natal (18 a 24 de dezembro) devem acelerar em relação aos anos anteriores e crescer 5% na comparação com o ano de 2012. A expectativa é resultado de uma sondagem realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Se as expectativas se confirmarem, este será o melhor Natal para o comércio varejista dos últimos dois anos. Nos anos anteriores, as expansões foram de 2,37% (2012), de 2,33% (2011) e de 10,89% (2010).

A principal razão para o otimismo está na entrada de R$ 143 bilhões na economia brasileira em função do pagamento do décimo terceiro salário — um crescimento de 9,8% em relação ao ano de 2012, segundo dados do Dieese. Na avaliação do presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior, o aumento da injeção de capital decorrente do décimo terceiro é consequência do aumento do número de pessoas empregadas no Brasil. “Atualmente caminhamos sobre níveis recordes de empregabilidade. Além disso, a inflação foi domada e já está sob controle. Dessa forma, os fatores dinheiro novo combinado com inflação estabilizada melhoram as condições de compra do consumidor”, afirma.

Crédito será menos utilizado

Neste ano o crédito terá uma influência menor do que teve nos anos anteriores, não só por conta do encarecimento dos juros, mas principalmente pela preocupação do consumidor brasileiro em comprometer menos o próprio orçamento com compras parceladas. “O fato é que as pessoas estão mensurando mais a relação orçamento livre versus comprometimento. Por isso, as compras a vista devem ganhar mais espaço. Já aqueles que optarem pelas compras a prazo optarão por dividi-las em prazos menores.

Economia movimentada como um todo

Para o líder do movimento lojista, o período natalino é conhecido por beneficiar praticamente todos os segmentos da economia, de maneira homogênea. “No Natal, é comum que o consumidor injete dinheiro das formas mais variadas possíveis. Ele pode comprar uma roupa nova, quitar dívidas, revisar o carro da garagem, dar um vinho de presente e até começar uma reforma. Dessa forma, todas as engrenagens giram para fazer a máquina econômica funcionar”, explica Pellizzaro Junior.

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