Confira algumas práticas que podem reduzir o custo do plano de saúde nas empresas

Como grande parte dos custos relacionados à saúde suplementar são financiados pelas empresas, já que os planos empresariais respondem por cerca de 65% do total de planos de saúde no país, todo o quadro funcional da organização, mesmo aqueles que seguem um estilo de vida saudável, são impactados por maus hábitos de certos colaboradores.

Portanto, para as empresas, a adesão aos programas de qualidade de vida e prevenção é opção viável para a redução dos custos com o benefício. Segundo Marcelo Alves, diretor da Célebre Corretora, empresa do segmento de planos de saúde e seguros no país, essa iniciativa faz bem para a saúde da empresa e do funcionário, já que programas baseados em incentivos causam mudanças no comportamento dos trabalhadores e impactam positivamente nos negócios da empresa.

“Os exames, em geral, são mais baratos na comparação com os tratamentos e é nesse foco que a prevenção consegue reduzir os custos com procedimentos ambulatoriais”, afirma Alves. No entanto, de acordo com ele, muitas pessoas só procuram um profissional da saúde quando o quadro da doença já está mais avançado, o que gera gastos altos por parte dos convênios. Com a promoção da saúde, é possível conscientizar seus usuários sobre a importância da prevenção de doenças.

“Além de controlar os custos dos planos de saúde, as ações de prevenção contribuem para a melhoria na qualidade de vida dos trabalhadores, e consequentemente, no aumento da produtividade e redução do abstencionismo nas organizações”, pontua.

Exemplos de ações de prevenção

Para o especialista, devido ao fato da população brasileira estar envelhecendo mais rápido na comparação com a média mundial, surgem novas necessidades de investimentos para aperfeiçoar os métodos e ações de prevenção que visam o cuidado com a saúde dos trabalhadores. “Programas de vacinação, incentivo à prática de atividades físicas, palestras sobre alimentação saudável e prevenção de DSTs (doenças sexualmente transmissíveis), são algumas das ações que as empresas podem colocar em prática”, exemplifica Alves.

Medicina preventiva e gestão da saúde da empresa

Portanto, a medicina preventiva, combinada com uma gestão da saúde da empresa, que abarca a avaliação do perfil dos funcionários, mapeamento da utilização do benefício, entre outras ações, são práticas válidas, que auxiliam na redução média de 30% nos custos assistenciais para as empresas, além de promover melhoria de qualidade de vida do quadro funcional.

No entanto, de acordo com o executivo, apenas uma parcela pequena das empresas está fazendo algo no sentido da prevenção e gestão do plano de saúde. “A maioria das companhias não tem nenhum programa estruturado na área e estão mais expostas ao crescimento dos gastos com saúde e os impactos negativos deste benefício em seus resultados”.

Incentivo ao uso racional do benefício

Alves ainda pontua que é preciso estimular o uso racional do plano de saúde para que a sinistralidade não aumente em demasia. “O número excessivo de consultas, exames e terapias realizados por parte dos beneficiários, os quais muitas vezes se mostram desnecessários, é o fator que mais eleva os gastos com o plano. Só esse desperdício causa impacto de 30% no preço do benefício”.

O executivo também lembra que muitos exames, principalmente os de rotina, possuem prazo prolongado de validade. “No caso de em nova consulta, o médico solicitar algum exame que já foi realizado em um curto ou médio espaço de tempo, não há a necessidade de repeti-lo”.

Portanto, é fundamental deixar a questão sobre o uso consciente bem clara para o quadro de colaboradores, pois o aumento da sinistralidade do benefício é algo que impacta a todos e não só a quem utilizou o plano de maneira irracional. “Com essas e outras medidas bem desenhadas, a empresa conseguirá manter os custos dentro de uma margem preestabelecida, e, ainda, oferecer um benefício que atenda às necessidades dos colaboradores com excelência”, conclui.

Facebook
Twitter
LinkedIn