Confira se a sua empresa está com depressão empresarial

Quando os negócios não vão bem, há uma lista de possíveis culpados, como situação política no política, conta de luz que não permite investimentos em equipamentos, dólar que prejudica compra de insumos, entre outros. O que muitos empresários nem percebem é que o culpado por um baixo rendimento pode ser as atitudes internas e é quando acontece a depressão empresarial.

Eduardo Valério, diretor-presidente da JValério, especializada em empresas familiares, tem observado que nas empresas, de uma forma geral e a despeito do fenômeno político e econômico que o Brasil está enfrentando, existe outro efeito deste reflexo, que é o conformismo das empresas. “Quando eu cito empresas não é o CNPJ, mas sim os CPF, ou seja, a diretoria e o próprio conselho de administração e de gestão com um conformismo com as coisas erradas e de baixa eficiência. Não é apenas percepção, mas sim dados que estamos coletando. As empresas estão deixando de fazer o seu básico exatamente nas operações em que eram eficientes e deixaram de ser.”

Esta depressão empresarial é gerada não por uma dificuldade causada por questões financeiras ou de mercado, mas pelo desânimo, que coloca a empresa na inércia. “É esta depressão empresarial que, analogamente à depressão do ser humano, faz com que o executivos já não redobrem os cuidados que sempre foram feitos com processos e seus indicadores, checar várias vezes o mesmo procedimento. O índice de retrabalhos em função deste estado de espirito é muito alto.”

Eduardo Valério não ignora o fato de que claramente há uma crise do lado de fora das empresas, mas dentro delas há um descuido do dia a dia. A solução apontada por Valério é o choque cultural.“É preciso voltar ao básico, ou seja, fazer bem feito como foi feito pela primeira vez, mas em função dos efeitos da economia e da política as pessoas entram nessa mesma vibração negativa e se desleixam dos seus papeis como gestores do negócio.”

O especialista recomenda o chamar os colaboradores da empresa, desde o presidente até o funcionário menos graduado, para revisitarem seus papéis dentro da organização e observarem aquilo que se deixou de fazer em nome da crise: “Tem muita coisa que a crise é culpada, outras a culpa é do estado de espírito.” completa.

 

 

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