Contador cria negócio de R$ 2,4 mi para salvar fábrica de materiais plásticos

Um e-commerce do segmento de papel e plástico de Curitiba (PR), criado em 2016, vem abocanhando grande participação no mercado de lona plástica e filme stretch com proposta baseada em uma estrutura enxuta de negócios. A Paperplast (www.paperplast.com.br) surgiu como uma fonte complementar de renda para Julivan Arantes da Silva, que prestava serviços de contador a uma fábrica de materiais plásticos. Hoje sócio-fundador da startup, trabalha via home office e fatura R$ 2,4 milhões por ano.

“A indústria para a qual eu prestava serviços não era competitiva no segmento de filmes plásticos. Realizávamos muitas reuniões buscando readequações tributárias para sair do vermelho. Em uma delas, sugeri que vendessem o material diretamente para o consumidor final – menos sensível ao fator preço – ao invés de buscar apenas o distribuidor. Sugeri que criássemos um site para atingir a ponta, mas não fui levado a sério. Tempos depois, em março de 2016, propus ao dono da empresa que eu mesmo criasse o site e, desde então, as coisas começaram a acontecer”, conta Silva.

Em pouco tempo, a Paperplast já respondia por 30% do faturamento de filmes plásticos da indústria, mas tal expressividade ainda não foi suficiente para salvar a operação. “Do dia para a noite, a fábrica avisou que iriam descontinuar o produto que eu revendia pelo e-commerce”, lembra o empreendedor. Foi quando ele decidiu apostar no pequeno negócio e seguir adiante. Arantes da Silva firmou sociedade com um amigo, o engenheiro Marcelo Benetti, juntaram R$ 100 mil de capital por meio de estoque e buscaram novos fornecedores.

Atualmente, multinacionais dos setores automobilístico, construção civil e agronegócio são clientes do e-commerce, que também distribui seus materiais por venda direta. Todo o estoque é armazenado por um operador logístico terceirizado que despacha os materiais via transportadora, o que proporciona para a Paperplast um custo fixo muito baixo. Essa vantagem é repassada para o consumidor por meio de preços em média 15% mais baratos.

A empresa faturou, em média, R$ 200 mil por mês em 2017 e cresce 20% ao ano. “Criamos um modelo ágil que nos permite dar o melhor preço e focamos muito no atendimento ao cliente”, complementa o sócio-fundador.

Novos concorrentes surgem todos os dias, e a meta do negócio é ser o maior e melhor player em todas as frentes, em termos de preço, agilidade na entrega e, principalmente, no atendimento. Com esse mindset, a Paperplast vem se consolidando como líder em vendas via internet em um dos nichos de mercado até então inexplorados pelo comércio virtual.

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