Crise de crédito tem elevado custos de proteção de títulos dos bancos dos EUA

As especulações de que a crise de crédito nos EUA provoque perdas superiores a US$ 400 bilhões às instituições financeiras e prejudique ainda mais o crescimento da economia têm elevado os custos de proteção dos títulos corporativos do país.

Em meio a um cenário que combina pressões inflacionárias e deterioração das perspectivas de crescimento, como o próprio FED ressaltou, os investidores temem que as empresas afetadas pelos problemas financeiros tenham dificuldades em honrar seus compromissos.

Segundo o Deustche Bank, a forte queda do S&P 500 – índice que compila os ativos das 500 principais companhias norte-americanas – ao menor patamar dos últimos 13 anos subsidia este sentimento, especialmente porque grande parte desta desvalorização ocorreu graças aos problemas enfrentados pela IndyMac, uma das maiores financiadoras de hipotecas dos EUA.

Bancos são o maior exemplo
Um exemplo deste movimento pode ser atribuído à relação entre os títulos do banco Wachovia, quarto maior do país, que atingiu um nível recorde após analistas da Opepenheimer & Co. afirmarem que suas perspectivas para os ganhos da instituição foram "dramaticamente reduzidas".

Já o custo de proteção dos títulos do banco Washington Mutual, maior fornecedor de empréstimos dos EUA, também alcançou seu recorde em meio às preocupações de que a falência da IndyMac possa se repetir em outras instituições.

Por fim, os custos dos títulos do banco nova-iorquino Lehman Brothers também dispararam nas últimas sessões. Dois terços de suas atividades repousam sobre o mercado hipotecário.

Mais US$ 60 bilhões para cobrir prejuízos
De acordo com estimativas do Goldman Sachs, os principais bancos dos EUA ainda precisam capitalizar mais US$ 60 bilhões em adição aos US$ 125 bilhões já levantados para cobrir os prejuízos causados pelas altas taxas de inadimplência no segmento de hipotecas do país.

Os rumores de insolvência e falta de liquidez das grandes instituições financeiras norte-americanas têm preocupado os investidores e afetado negativamente os negócios não só em Wall Street, mas também nas principais praças financeiras internacionais.

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