Custo de vida sobe 0,91% em março; transporte, habitação e alimentação foram os grupos que mais pressionaram

O Índice do Custo de Vida (ICV) registrado no mês de março foi de 0,91%, segundo pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgada hoje (6). Em fevereiro, o índice que mede a inflação ficou em 0,41%.

Os grupos que mais colaboraram com o aumento do índice foram: transporte (2,34%), habitação (1,10%) e alimentação (0,80%). Segundo o Dieese, esses três grupos representam 67,6% dos gastos das famílias.

O aumento no transporte (2,34%) ocorreu principalmente no transporte individual (3,17%). O coletivo aumentou apenas 0,60%. No individual, a alta se deu nos combustíveis, com a elevação, em março, sendo de 5,20% (em fevereiro, a elevação foi de 1,28%).

O Dieese observou alta acentuada no álcool (10,20%) e moderada, na gasolina (3,28%). No transporte coletivo, o aumento se deu na tarifa do metrô (2,69%), dos ônibus intermunicipais (3,96%) e dos trens de subúrbio (4,50%).

A elevação no grupo habitação foi de 1,10% em março. O maior aumento foi registrado na locação (aluguel), impostos e condomínio (1,82%), seguido da operação (0,98%) e conservação do domicílio (0,21%). A alimentação teve aumento de 0,80%. Produtos in natura e semielaborados foram os que mais colaboraram para a elevação dos preços (1,36%), seguidos de produtos da indústria alimentícia (0,15%) e alimentação fora do domicílio (0,65%).

De acordo com o Dieese, os preços dos demais grupos sofreram elevação pequena: equipamentos domésticos (-0,13%), recreação (-0,08%), despesas pessoais (0,12%) e vestuário (0,41%).

A inflação geral acumulada nos últimos 12 meses foi de 6,72%. Nos três primeiros meses de 2011, o aumento nos preços já acumula alta de 2,62%. Dos dez grupos que compõem o ICV, dois apontaram taxas bem superiores ao índice geral, no acumulado de janeiro, fevereiro e março: transporte (6,30%) e educação e leitura (5,16%).

Outros grupos variaram de forma semelhante à inflação geral: despesas pessoais (2,73%), alimentação (2,38%) e habitação (1,51%). Os demais apresentaram taxas inferiores a 1%.

No acumulado de 2011, no grupo transporte, o aumento se deu tanto no transporte coletivo (9,40%), como no individual (4,92%). A alta nas despesas pessoais foi consequência dos reajustes do cigarro. Quanto ao grupo alimentação, houve alta acentuada na alimentação fora do domicílio (4,17%) e menores taxas para produtos in natura e semielaborados (2,21%) e indústria da alimentação (1,52%).

Em relação à habitação, no acumulado de 2011, a maior taxa foi detectada na locação, impostos e condomínio (2,65%) e taxas menores para os demais subgrupos como operação (1,05%) e conservação (1,10%).

 

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