De baixo investimento e bom retorno, comércios de rua crescem no Brasil

Na contramão da crise, um novo modelo de centro comercial vem crescendo no mercado brasileiro, são os strips malls. Eles oferecem diversos serviços aos consumidores em um só lugar e com isso, proporcionam mais praticidade e comodidade que outros centros de compras. Os strips malls ocupam os espaços em bairros onde somente os empreendimentos residenciais foram pensados, oferecendo serviços de conveniência como alimentação, bancos, salões de beleza, lavanderias, drogarias.

Para o empresário Marcio Malamud, da Map Mall, que fundou a empresa em 1994, durante o boom imobiliário dos últimos 18 anos no Brasil, não se deu a devida atenção para esse segmento. “No mercado imobiliário foram priorizadas as edificações de maior valor agregado. Ou seja, investiu-se em apartamentos residenciais, comerciais, hotelaria, loteamentos de grande e médio porte e armazéns voltados para a logística. Enquanto isso, a Map que fazia pequenos centros comerciais foi se estruturando e adquiriu o know how para o desenvolvimento desse produto, que tem como diferencial a customização de forma artesanal”, diz Malamud.

A Map Mall já construiu quase 30 empreendimentos no Brasil e tem como projeção de faturamento para daqui um ano, de julho de 2017 a julho de 2018, cerca de R$ 200 milhões. O modelo é bem conhecido nos Estados Unidos, onde, segundo o empresário, se constrói primeiro o strip mall e depois o bairro nos arredores do empreendimento. No Brasil, essa indústria imobiliária tem em torno de 22 players no mercado, e a Map trabalha na conclusão de quatro projetos: três em Uberlândia e um em Rio Verde, GO.

Além da incorporação, a Map Mall é quem administra as suas locações. Segundo Malamud, “neste tipo de centros comerciais a vacância é reduzida. Pois, ainda de acordo com o empresário, nestes empreendimentos é totalmente possível otimizar os custos de locação e condomínios”. Marcio Malamud afirma também que os investimentos realizados nos strip malls não chegam a 1% dos totais no mercado imobiliário. Enquanto nos Estados Unidos, onde o empreendimento já é mais popular, esse número salta para 10%.

De acordo com estudo realizado pela Abrasce (Associação Brasileira de Shoppings Centers) em relação a um shopping tradicional, o investimento para os empreendedores que optam pelo formato strip mall é bem menor, com retornos tão agressivos quanto os de uma grande estrutura. “É um modelo revolucionário, muito apropriado para consumidor que tem pressa e quer resolver seus problemas com rapidez e pelo lado do lojista muito mais econômico”, explica Malamud.

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