Desemprego em SP tem menor taxa para outubro desde 1991, diz Dieese/Seade

A taxa de desemprego em São Paulo caiu de 11,5% em setembro para 10,9% no mês passado, o menor nível para outubro desde 1991, segundo dados divulgados nesta quinta-feira pela Fundação Seade e pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

Já a média do país apresentou redução de 11,4% para 10,8%, o menor nível da série iniciada em janeiro de 2009, quando houve a inclusão de Fortaleza, totalizando sete regiões metropolitanas brasileiras pesquisadas. Em outubro, apenas Distrito Federal apresentou elevação no nível de desemprego, indo de 13,0% para 13,1%.

O maior recuo foi registrado em Fortaleza, onde a taxa variou de 8,7% para 7,9%. Já Recife teve a segunda maior queda, indo de 15,3% para 14,1%. Em Salvador, que mantém o percentual mais alto da pesquisa, o índice caiu de 16,2% para 15,4%. Na outra ponta, Belo Horizonte continua com a menor taxa: 7,2% ante os 7,6% registrados no mês anterior.

Já em Porto Alegre, o índice foi de 8,5% para 8,2%.

O contingente de desempregados nos sete locais analisados foi estimado em 2,4 milhões de pessoas no mês passado, 116 mil a menos do que em setembro. Esse número é resultante da criação de 223 mil vagas, aliada à entrada de 107 mil pessoas do mercado de trabalho

Nesse mesmo comparativo, o nível de ocupação, na média nacional, teve alta de 1,1%. O total de ocupados nas sete regiões pesquisadas foi estimado em 19,814 milhões de pessoas, para uma PEA (População Economicamente Ativa) de 22,213 milhões.

Na divisão por atividade, o nível de ocupação cresceu em quatro dos cinco setores. Em serviços, foram criadas 152 mil vagas, quantidade superior à registrada na indústria (33 mil), no comércio (12 mil) e na construção civil (30 mil). O segmento de agregado de outros setores registrou leve perda, com 4.000 postos de trabalho a menos.

RENDIMENTO

O rendimento médio real dos ocupados subiu 1,8% na média do país em setembro, chegando a R$ 1.344. Já o dos assalariados ficou em R$ 1.397, apresentando crescimento de 1,6%.

Na análise por região metropolitana, o rendimento médio dos ocupados aumentou em cinco locais. São Paulo apresentou o maior aumento, com variação de 3,0%, para R$ 1.451.

No Distrito Federal, a alta foi de 1,6%, para R$ 2.008, o maior valor da pesquisa.

Os trabalhadores do Recife passaram a ganhar, na média, 1,5% a mais, atingindo R$ 909. Em Salvador e Belo Horizonte, os incrementos no rendimento foram de 0,8% e 0,5%, respectivamente, indo para R$ 1.084 e R$ 1.376.

A remuneração média dos ocupados em Porto Alegre ficou praticamente estável em R$ 1.346, com variação de 0,2%. Já em Fortaleza, o valor recuou 1,3%, para R$ 840.

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