Economia criativa é opção para sobreviver à crise  

Em constante evolução, a sociedade vem se adequando naturalmente às situações que se apresentam. Para Ana Carla (Cainha) Fonseca, membro da Rede de Repensadores – que congrega pessoas de diferentes áreas para influenciarem positivamente a transformação do da sociedade – .a economia criativa vem se reafirmando como solução para o momento de crise que estamos vivenciando e é um caminho sem volta. Mas o que é a economia criativa? “É uma economia baseada na criatividade para desenvolver produtos e serviços com valor agregado. Ela reconhece que o grande diferencial econômico é a criatividade humana, associada ou não aos recursos tecnológicos”, explica.

Exemplos práticos da economia criativa estão surgindo todos os dias e as startups frequentemente são bons cases para exemplificar. O Uberre inventou um modelo tradicional de negócios, agregando um alto valor aos serviços prestados. Mas nem só de startups vive a economia criativa. Exemplo disso é o Personal Pechincha, um serviço profissional de negociação de preços. A fundadora do projeto, Cristiane Vieira, percebeu que tinha habilidade para negociar e conseguir bons descontos. Resolveu fazer disso uma fonte de renda, abriu sua empresa e atualmente ajuda seus clientes a negociarem melhores preços para qualquer tipo de compra: desde festa de casamento até mensalidade escolar. A remuneração é feita em cima dos descontos conquistados para os clientes.

O mundo corporativo precisa estar atento a esse movimento. O número de empresas que estão se unindo às startups vem crescendo exponencialmente. Sinal de que as grandes organizações estão entendendo que é imprescindível buscar parcerias com empreendedores inovadores, como meio de superar as adversidades. “Esse é um caminho sem volta e em evolução constante. Eu entendo que é algo que beneficia a todos e, portanto, inevitável que permaneça”. Muito mais do que responsabilidade corporativa, Cainha entende que é questão de sobrevivência. “É natural que as empresas façam contenção de despesas em tempos de crise, mas isso não pode de forma alguma sacrificar a sobrevivência do negócio a longo prazo. A estratégia deve ser aproveitar o momento para investir em criatividade e superar a fase difícil de hoje para manter-se competitivo no futuro”, afirma.

Do ponto de vista individual, é vital que os profissionais acompanhem esse movimento e estejam abertos para novas ideias e inspirações. “Não é uma escolha, é uma necessidade real”, diz Cainha. Ela comenta que todos os estudos mais profundos sobre o futuro do trabalho indicam que apenas as profissões relacionadas à criatividade e à inteligência social sobreviverão à automação. “A inteligência artificial chega cada vez mais próximo, desempenhando atividades que antes não pareciam possíveis. Exemplo disso é a função de reconhecimento automático dos seus amigos em fotos do Facebook. Há alguns anos, isso seria inconcebível. Hoje é fato”, afirma.

Novas profissões vão surgir, assim como surgiram os gamers mais recentemente. Entender esse momento de mudança e o potencial da economia criativa significa, para o profissional, buscar novas oportunidades de negócios em trilhas inovadoras, que ele tenha competência e paixão por esbravar. Esse é o caminho para se manter competitivo.

 

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