Elevação de preços dos alimentos não afeta geração de empregos, diz ministro

O recrudescimento da inflação ainda não assombra a geração de empregos no país, assegura o ministro do Trabalho, Carlos Lupi. “A inflação está localizada no setor muito específico da área de alimentos e acredito que ela está sob controle. Esse conceito internacional do Brasil [grau de investimento], a queda do dólar, esses fatores acabam ajudando para que o Brasil tenha inflação com maior controle”, avaliou ontem (19) o ministro, durante a divulgação dos números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de abril.

Apesar da queda no número de novos empregos formais em abril, na comparação com o mesmo período do ano passado, o ministro aposta em recorde de novas vagas em maio. “Vamos disputar com 2004”, acredita Lupi. Em maio daquele ano foram criados 292 mil postos de trabalho com carteira assinada. Em maio de 2007 o número foi de 212 mil.

Para 2008, a previsão do ministro é de geração de 1,8 milhão de novos postos de trabalho formal e um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de mais de 6%. “Principalmente por causa da demanda interna, que continua forte e diversificada em todas as regiões do Brasil”, diz.

Lupi defende, no entanto, a estabilização da taxa básica de juros (Selic), que estava estacionada em 11,25% desde setembro do ano passado e foi elevada para 11,75% pelo Comitê de Política Monetária (Copom) em abril.

“Acho que essa alta de juros vai ter que ser reavaliada porque o dólar continua em queda, o conceito internacional do Brasil teve um upgrade. Com isso, o Banco Central tem que avaliar esse impacto para não acabar com a política externa da exportação”, ponderou o ministro. “Penso que deve ter uma estabilidade nessa taxa de juros.”

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