Empresas brasileiras erram ao tratar empregados da mesma forma, diminuindo o desempenho e engajamento da equipe

Empresas brasileiras erram ao tratar empregados da mesma forma, diminuindo o desempenho e engajamento da equipe, defende consultor

Um dos mais graves problemas de gestão enfrentados pela maioria das empresas brasileiras é a tendência de todo gestor de pessoas tratar os empregados da mesma forma, diminuindo drasticamente o desempenho e engajamento da equipe, que terá como conseqüência resultados abaixo do esperado. A constatação é de Eduardo Carmello, Diretor da Entheusiasmos Consultoria, consultor organizacional e palestrante na área de liderança e gestão de pessoas.

“Gestores estão jogando dama, em vez de jogar xadrez. Entramos na Gestão da Singularidade, onde há uma melhora consistente no desempenho da equipe quando o gestor compreende que há níveis diferentes de performance, engajamento e capacidade de aprendizagem dos elementos de sua equipe. Não se trata de conhecer características e personalidades e sim de oferecer estratégias diferenciadas para talentos em níveis diferenciados de performance e engajamento”, afirma.

“Em toda empresa há aqueles que têm desempenho abaixo da média, na média e acima da média. No entanto, quando os chefes querem chamar a atenção daqueles que têm desempenho fraco, eles reúnem todos os empregados em uma mesma sala e apontam os problemas de modo genérico. Esse tipo de atitude paternalista é trágica para as empresas, pois seu único efeito é derrubar o bom desempenho e engajamento daqueles profissionais que se destacam, uma vez que eles são tratados da mesma forma que os outros”, alerta Carmello.

Segundo o consultor, outro fator que leva os gestores a tratarem todos da mesma forma é o fato de que as empresas desconhecem, de modo geral, as necessidades de cada profissional, bem como seus desempenhos. E por não terem esse tipo de informação individualizada, particularizada, os gestores cometem injustiças com aqueles empregados que têm melhor desempenho que os demais. “Quando o Gestor protege a baixa performance de um pequeno grupo, desprotege todo o comprometimento e desempenho dos talentos que estão em Al ta Performance”

“Muitas empresas promovem treinamentos lineares, para todos < /span>os empregados de uma determinada área, mas o fato é que esse tipo de treinamento tem efeito desmotivador para aqueles empregados que já dominam o assunto. Frequentemente, o talento de Alta Performance já conhece o que deve ser feito e se desmotiva no seminário de 08 horas. E o de Baixa Performance, volta do treinamento e continua tendo o mesmo nível de entrega, pois a causa da baixa performance não é falta de treinamento e sim a dificuldade do Gestor em orientar e cobrar do Talento de Baixa performance a entrega prometida” assinala Carmello.

Segundo o consultor, A Gestão da Singularidade é fundamental, pois profissionais engajados, motivados e preparados requerem menos esfor&c cedil;o do Gestor, uma vez que basta convencê-los da importância e do propósito do projeto para que eles saiam fazendo e sempre com alto grau de excelência. “Já os profissionais com baixo engajamento vão se motivar a fazer algo se eles perceberem que a equipe toda está atuando. Caso eles percebam que nem todos estão envolvidos, vão relutar em trabalhar. É necessário uma outra estratégia do Gestor para Engajar esse nível. Não dá para esperar desse nível a mesma disposição e entrega dos de Alta Performance. O mais grave é o profissional não engajado. Este profissional tem que ser cobrado constantemente. Dessa forma, o gestor de pessoas que atua com Singularidade, desenvolve três abordagens diferentes com sua equipe, uma para cada Nível de Entrega e Engajamento de seus profissionais. Se o gestor tratar a todos da mesma forma, desconsiderando estes níveis, não vai conseguir o máximo desempenho da equipe”, orienta Carmello.

Dificuldades de gestão – Um dos problemas da gestão de pessoas no Brasil está no fato de que nossa cultura considera pessoas de baixa performance ou engajamento ( que muitas vezes chamamos de “resistentes”) muito difíceis de serem gerenciadas. A maioria dos gestores acabam evitando lidar firmemente com esse tipo de profissional, deixando-os de lado ou mesmo ignorando sua performance. “O que poucas empresas percebem é que profissionais que entregam abaixo do esperado e não estão engajados, impactam de modo decisivo não só na fabricação de um produto, mas na prestação de um serviço ou o atendimento a um cliente”.

A gestão massificada não consegue contemplar essas diferenças, impedindo a criação de alto nível de engajamento, aprendizado e entrega, profundamente necessário para empresas que estão buscando Competitividade. “A gestão da equipe de forma Singular produz, além de resultados econômicos, um Sentido de Justiça, Meritocracia e total Comprometimento, abordagem fundamental para a retenção e aproveitamento da Inteligência dos Profissionais de Alta Performance”, alerta Carmello

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