Empresas terão novo método para medir emissão de gases de efeito estufa

Uma ferramenta lançada este mês por uma parceria entre governo e iniciativa privada pretende aperfeiçoar a medição das emissões de gases de efeito estufa por empresas. Hoje, o CO2 (dióxido de carbono) é considerado um dos principais causadores do aquecimento global.

De acordo com a Agência Brasil, o Programa Brasileiro de Inventário Corporativo de Gases de Efeito Estufa irá adotar a metodologia do Protocolo GHG, usada como referência para o mercado de carbono europeu. O objetivo é calcular e inventariar as emissões de gases estufa produzidas pelas empresas para subsidiar medidas de mitigação.

Como funciona
"Na prática, há uma tabela e é necessário preencher uma série de dados a partir da medição de um número de indicadores de gases. É uma metodologia relativamente simples e que fornece, ao final, quantas toneladas de gás de aquecimento global a empresa está lançando na atmosfera. Depois é indicado o que é possível fazer para evitar essas emissões", explica o presidente executivo do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável, Fernando Almeida.

Empresas como a Petrobras, o Grupo Votorantim e as siderúrgicas Arcelor e Alcoa já utilizam o método. Segundo o gerente de Desempenho em Segurança e Meio Ambiente da Petrobras, Luis Stano, a estatal investiu cerca de US$ 6 milhões para implementar a ferramenta.

"As empresas só conseguem gerenciar as emissões que são medidas. Quando você cria um inventário de emissões, é possível conhecer os pontos onde existem as melhores oportunidades de investimentos para contribuir para mitigar o problema da mudança climática global", afirma ele.

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