Especialista explica como o cenário político pode afetar o crescimento das empresas de TI

De acordo com o relatório do Gartner, 25% das empresas que não transformarem os seus negócios em digitais podem perder competitividade até 2017. A digitalização da economia já é realidade e também uma ruptura no modelo de negócios existente, sendo que cada vez mais, as pequenas, médias e grandes empresas estão adotando ferramentas de mobilidade e Analytics para se adequar a este novo cenário.

Entretanto, o professor, especialista em Negócios Digitais e CEO da consultoria PA Latinoamericana, Allan Pires, ressalta que com o mercado tomando um rumo digital, surgem desafios para estimular novos investimentos locais e internacionais. “Agora, as dúvidas estão em relação ao que iremos fazer para aumentar a competitividade, elemento importante para quem quer retomar o crescimento. Os olhos ainda estão voltados para o nosso mercado e o setor de Tecnologia da Informação continua crescendo a passos largos, impulsionado pela economia digital”.

O executivo ressalta que as capas da revista The Economist com o Cristo Redentor ilustram muito bem o looping que o país está vivendo. “Não só pela economia, mas também pela instabilidade gerada pelas não decisões que deveriam ser tomadas e lideradas pelo governo. Planos de recuperação econômica, que são comuns em países em recessão, parecem uma coisa muito distante por aqui”. Por conta da inconstância econômica e política, vários empreendimentos digitais podem postergar os seus investimentos no Brasil, adiando inúmeras oportunidades para toda a cadeia produtiva, o que levaria também novas oportunidades de emprego para uma massa significativa de pessoas.

Ainda assim, Allan Pires acredita que a digitalização da economia é a chave para o Brasil recuperar o fôlego e crescer. Exemplo disso é o levantamento recente realizado pelo IDC, que aponta que o mercado de Tecnologia da Informação brasileiro deve crescer 2,6% ainda este ano oriundos de uma possível expansão de investimentos no país.

“Quem vive fora do Brasil acredita que o nosso país oferece oportunidades de crescimento e investimentos. Falo dos empreendedores, investidores, empresas com operações globais, parceiros estratégicos, fornecedores, etc. Pelo potencial de mercado interno, força de trabalho e recursos naturais, nós estaremos sempre no mapa das grandes operações globais”, finaliza Allan.

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