Estudo revela tendências do empreendedorismo norte-americano

Entender as características que permeiam a formação e a continuidade de novos negócios pode auxiliar na elaboração de políticas que encorajem esses empreendimentos que são o principal motor do crescimento econômico nos Estados Unidos.

Um recente estudo elaborado pela Ewing Marion Kauffman Foundation preenche uma lacuna nas pesquisas referentes a este assunto, sendo o maior estudo longitudinal sobre empresas nascentes já conduzido. Foram analisados cerca de 5 mil empreendimentos fundados em 2004, durante seus primeiros anos de operação.

Resultados

Constatou-se que a maioria das empresas (70%) era dirigida por homens. A pesquisa apurou também que cerca de 60% dos empresários não contaram com a ajuda de funcionários no primeiro ano de vida do empreendimento, enquanto menos de três quartos deles contavam com um colaborador. Apenas um quarto contou com dois empregados ou mais e aproximadamente 4% tinham mais de dez.

Além disso, cerca de 45% registraram algum lucro no primeiro ano de operação, ao passo que 55% contabilizaram perdas. Quanto ao financiamento, 44% disseram que não tiveram dívida de financiamento no primeiro ano de vida e muitos negócios começaram com dívida muito baixa: 17% iniciaram as atividades com US$ 5 mil ou menos, enquanto cerca de 11% com US$ 100 mil ou mais, revela o estudo.

"Os novos negócios constituem um importante, mas pouco compreendido, papel na dinâmica da economia", afirmou o vice-presidente de Pesquisa e Política da Kauffman Foundation, Robert Litan. "Os resultados da pesquisa acerca dos primeiros anos de existência dos negócios são essenciais à criação de programas públicos e privados que encorajam o desenvolvimento de novos negócios".

Segundo ele, a pesquisa retrata uma oportunidade única de estudar negócios do momento em que são abertos até o fechamento.

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