Financiamentos do BNDES para micro, pequenas e médias empresas diminuem no acumulado até setembro

Os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para as micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) atingiu R$ 33,8 bilhões no acumulado de janeiro a setembro deste ano, mostrando queda de 7% em comparação ao mesmo período de 2011.

O chefe do Departamento de Suporte e Controle Operacional (Desco) da Área de Operações Indiretas do BNDES, Edson Moret, atribuiu a diminuição dos financiamentos à atual conjuntura, marcada pelo crescimento menor da economia.

Moret lembrou também que a determinação de fabricar motores menos poluentes nos ônibus e caminhões no país fez com que muitas empresas adiantassem suas compras, o que contribuiu para elevar os desembolsos em 2011 para as MPMEs, que alcançaram o recorde de R$ 49,8 bilhões. “As pessoas aproveitaram, porque o veículo ia ficar mais caro, porque o motor menos poluente ia exigir mais tecnologia. Também teve esse efeito e isso refletiu na micro, pequena e média empresa”. O crescimento registrado foi 9% em relação a 2010.

Ele destacou que o número de MPMEs apoiadas pelo banco cresceu. Durante todo o ano passado, foram 231.324 empresas desse segmento financiadas. Em 2012, até setembro, a quantidade já atinge 215.248. Segundo Moret, considerando a média mensal no período, a projeção é chegar até dezembro com um total em torno de 310 mil empresas desse porte. “Em 2007, a gente financiou 41 mil e, em 2012, estamos com a expectativa de mais de 310 mil”.

Disse que a comparação entre os últimos três meses deste ano e de 2011 sinaliza que o resultado vai ficar positivo. “Porque as novas taxas do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) já estão refletindo nas nossas aprovações. E isso vai resultar em desembolsos. Isso vai acontecer tanto para as grandes empresas, como para micro, pequenas e médias”. A taxa definida pelo PSI de 2,5% vai vigorar até o final de dezembro.

A participação das MPMEs nas liberações de recursos do BNDES tem crescido ao longo do tempo. Em 2007, era 25%. Em 2011, passou para 36%. Esse percentual se manteve nos nove primeiros meses deste ano. Moret enfatizou a importância dada pelo BNDES às micro, pequenas e médias empresas, “porque é o segmento que mais emprega no país. E o banco, naturalmente, incentiva”.

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