Fórum sobre brechós debate oportunidades deste mercado lucrativo

O crescimento dos brechós nas cidades brasileiras atraiu a atenção do Sebrae Nacional. A instituição realiza ao longo do ano o Fórum de Debates sobre o Mercado de Brechós em quatro capitais brasileiras para acompanhar mais de perto as tendências e mudanças nesse setor. São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro já receberam o evento. A sede do Sebrae, em Brasília, sediará o Fórum nesta quinta-feira (18).

Os eventos têm o objetivo de reunir empresários e especialistas para debater sobre os desafios e oportunidades desse setor, levantar suas principais necessidades e subsidiar as ações do Sebrae para apoiar o desenvolvimento e fortalecimento dos pequenos negócios desse nicho. O Fórum também é uma oportunidade para o Sebrae conhecer melhor o mercado. Por isso, durante os fóruns, a instituição fará uma pesquisa com os empresários para saber, por exemplo, se eles estão satisfeitos com os resultados financeiros dos empreendimentos, se eles pretendem expandir a empresa, se conhecem os concorrentes, como se diferenciam das demais lojas e como definem o preço do produto.

O número de pequenos negócios – com faturamento anual até R$ 3,6 milhões – no comércio varejista de artigos usados cresceu 210% nos últimos cinco anos no Brasil. Com esse resultado, o número de micro e pequenas empresas passou de 3.691 para 11.469, entre 2007 e 2012. Hoje, essas empresas representam 95% de todo o segmento especializado na venda de artigos como roupas, acessórios, móveis, utensílios domésticos e eletrodomésticos.

A maioria desses empreendimentos está no estado de São Paulo, que tem 4.141 negócios ligados à venda de usados. Nesse segmento, ganham destaque os brechós que estão se aproveitando de uma mudança cultural dos consumidores brasileiros que, aos poucos, estão abandonando o preconceito de comprar roupas usadas. No Distrito Federal, o número de pequenos negócios no segmento de usados cresceu 264% (quase quatro vezes) em cinco anos, passando de 77 em 2007 para 281 em 2012.

Por não representar um mercado de risco – já que a concorrência ainda é pequena, o público é bem diversificado e o investimento inicial é relativamente baixo – os brechós surgem como boa oportunidade de negócio para empreendedores que desejam abrir uma empresa. Enquanto existem cerca de 700 mil pequenos negócios de vestuário e acessórios no Brasil, o número é menor que 12 mil estabelecimentos no comércio de usados.

No brechó, o empresário pode comercializar peças seminovas, usadas de segunda mão ou peças antigas e de boa qualidade. A empresa ainda tem a opção de se especializar em um determinado segmento de mercado e vender roupas sofisticadas, de grife, fashion, exóticas, produtos de época, antiguidades, multimarcas, ou sapatos e acessórios. Por isso, os brechós atendem a um público variado que vai desde fashionistas em busca de produtos exclusivos até pessoas que procuram peças mais baratas.

Acontece que muitas empresas iniciam suas atividades de forma informal, seja nas redes sociais ou na garagem de casa, e vão aos poucos se formalizando e profissionalizando. E, como em qualquer segmento, os empresários de brechós precisam estar atualizados em relação aos movimentos de mercado para se tornarem competitivos. Conhecer bem o seu publico, saber comprar, apresentar o produto da maneira correta, além de fazer a gestão básica do negócio (o que inclui controle financeiro, gestão de estoques, gestão de pessoas e relacionamento com o cliente) são dicas do Sebrae para garantir o sucesso do empreendimento.

Informações Agência Sebrae

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