Governo arrecada R$51 bi em março, recorde para o mês

O governo federal arrecadou 51 bilhões de reais em impostos e contribuições em março, alta de 7,67 por cento sobre igual mês do ano passado em termos reais.

Apesar do fim da arrecadação da CPMF, em dezembro, o dado foi recorde para meses de março.

No primeiro trimestre, a arrecadação totalizou 162,581 bilhões de reais, 12,97 por cento acima do registrado nos três primeiros meses de 2007.

Os dados, divulgados pela Receita Federal do Brasil nesta sexta-feira, são corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

"Continuamos tendo crescimento de arrecadação no período, puxado pelo aumento significativo que tivemos no mês de janeiro", disse o coordenador-geral de Previsão e Análise da Receita, Raimundo Eloi de Carvalho.

Ele acrescentou que o crescimento está relacionado à maior lucratividade das empresas e ao aumento das vendas e da produção industrial, mas disse não ser possível prever se as receitas seguirão no ritmo atual de crescimento ao longo do ano.

Em janeiro, primeiro mês de arrecadação após o Congresso ter rejeitado a renovação da CPMF –tributo que gerava cerca de 3 bilhões de reais ao mês aos cofres públicos–, as receitas do governo federal cresceram 20 por cento frente ao mesmo período do ano anterior. A Receita atribuiu o resultado expressivo do período a uma elevação "atípica" das receitas com impostos incidentes sobre o lucro das empresas apurado no ano anterior.

Em março, a arrecadação do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica subiu 14,43 por cento ante o mesmo mês de 2007, para 7,707 bilhões de reais e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido recuou em 1,82 por cento, para 3,019 bilhões de reais, como resultado, principalmente, da redução da arrecadação de depósitos judiciais.

Considerando a arrecadação do IRPJ e da CSLL, o desempenho foi puxado pelo recolhimento de 10 setores, entre os quais a extração de minerais metálicos (+45,3 por cento), atividades auxiliares dos serviços financeiros (+38,3 por cento) e o comércio atacadista (+13,4 por cento).

A arrecadação do Imposto sobre Operações Financeiras –cuja taxação foi elevada em janeiro para compensar parcialmente o fim da CPMF– subiu 161,5 por cento no período, para 1,667 bilhão de reais. No trimestre, as receitas do IOF cresceram 142,30 por cento, para 4,495 bilhões de reais.

Facebook
Twitter
LinkedIn