Governo não quer aumento de juros de consignado, diz ministro da Previdência

O ministro da Previdência Social, José Pimentel, informou, durante entrevista coletiva, na última quinta-feira (21), que o governo pretende defender a manutenção da taxa de juros do empréstimo consignado para aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) no atual patamar de 2,5%.

Segundo o ministro, o governo entende que não há necessidade de uma revisão das taxas em função do aumento da Selic, como pretendido pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos). "Muitos bancos têm praticado juros de 1,75%, mesmo com o teto de 2,5%, o que demonstra a possibilidade de manter as operações com esse padrão de juros", disse.

De acordo com a Agência Brasil, Pimentel também confirmou a disposição do governo de defender a manutenção da margem do consignado em 30%, sendo 10% para uso com cartão de crédito consignado. As propostas serão defendidas por representantes do governo durante reunião do CNPS (Conselho Nacional de Previdência Social) na próxima quarta-feira (27).

Consignado
Os empréstimos consignados são aqueles cujas parcelas são descontadas diretamente da folha de pagamento dos beneficiários. Por esta razão, o risco de inadimplência é bem menor, o que permite a cobrança de juros mais baixos em relação às demais taxas praticadas no mercado nas linhas de crédito pessoal tradicionais.

De acordo com nota divulgada pela Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), o aumento no teto da taxa de juros para o crédito consignado, reivindicado pela Febraban, é justo, uma vez que foi acordado anteriormente que o teto das taxas de juros seguiria o comportamento da taxa Selic.

Para a entidade, com a elevação da Selic a 1,75 ponto percentual ao ano, as instituições financeiras querem agora repassar tais altas, já que, enquanto a Selic apresentou queda, esta foi repassada integralmente para as taxas do crédito.

Por outro lado, diz a associação, por ser uma operação de crédito de baixo risco, o aumento nos juros não seria necessário.

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