Incubadoras e aceleradoras impulsionam crescimento catarinense

O crescimento acelerado do ecossistema de inovação e tecnologia em Santa Catarina nos últimos anos deixou à vista para as grandes empresas nacionais e até para players mundiais o potencial do Estado.  A atuação coordenada da academia junto a políticas estatais de fomento fez surgirem nas últimas décadas aceleradoras e incubadoras de empresas que estão pavimentando um futuro já palpável.  O desafio de aceleradoras e incubadoras nesse processo, bem como a migração de grandes empresas de tecnologia para Florianópolis fizeram parte de dois grandes painéis do Startup Summit.

De acordo com Benyamin Fard, da aceleradora Spin, de Jaraguá do Sul, o processo de incubação é diferente para cada empresa e o mercado correspondente.  A aceleradora que possui pouco mais de um ano, nasceu focada em hardware e indústria 4.0, emprega em média 3 meses em uma empresa que busca ganho de escala.

Para Marcos Mueller, da aceleradora Darwin Starter, uma aceleradora é como um Larry Passos buscando um Guga em seus estágios iniciais. Mas uma startup precisa estar ciente de que precisa atender alguns pré-requisitos para decolar. “Uma empresa em fase de validação precisa sentir na pele o processo, é claro que no caso de hardware, fármacos e até fintechs, sempre é mais difícil”, avaliou.

José Gutierrez, da Ace, eleita por três vezes a melhor aceleradora da América Latina, explica que para participar do programa de crescimento é preciso recorrência e tecnologia “dentro de casa”.  Se tem requisito, a empresa está apta, garante.  Gabriel Santos, da MIDITec , reconhece que na trajetória das incubadoras, o início foi marcado por um fornecimento de suporte em infra-estrutura, mas a realidade mudou muito e hoje o mercado está no centro. “A incubadora deve acessar grandes empresas e mostrar que seus incubados funcionam e o produto está pronto para o mercado”, complementa Gutierrez. Em outras palavras, os parceiros corporativos são importantes, mas o empreendedor tem que saber buscá-los.

Além do trabalho fundamental das incubadoras e aceleradoras como propulsoras do ecossistema estadual, a crescente inserção de grandes players em SC, e especialmente em Florianópolis, está sendo responsável por uma nova revolução econômica local. Para Anderson Valverde, diretor de RH da Peixe Urbano, a empresa que acaba de completar um ano e meio na Ilha de SC já gera 400 empregos diretos e movimenta R$ 30 milhões ao ano.

Luiz D’Elboux, da HostGator Brasil, uma das maiores empresas de hospedagem de sites e presença digital do mundo, garante que a companhia escolheu Florianópolis para sediar a operação no Brasil devido aos ganhos produtivos envolvidos na infra estrutura da cidade. “Estamos expandindo para México, Chile e Colômbia e queremos passar a atender daqui os mercados europeus”, garantiu.

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