Indústria de bens de capital terá crédito com mais prazo em 45 dias

Em visita à 27ª Feira Internacional de Mecânica, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, disse que as regras da política de desenvolvimento produtivo, que vão permitir financiamentos a prazos maiores para aquisição de equipamentos, se tornarão operacionais dentro de 45 dias.

“Esta semana já conversaremos com os bancos para, nas próximas semanas, termos os formulários já de acordo”, afirmou. Ele ressaltou que linhas de crédito, com condições especiais, são importantes para o setor de bens de capital e lembrou que, em todo o mundo, empresas do setor são apoiadas por condições de financiamento a prazos mais longos na compra de equipamentos.

Para Coutinho, a medida, anunciada na última segunda-feira (14), como parte da nova política industrial, corrigirá o que ele classificou de distorção dos sistema brasileiro de financiamento para a indústria praticada atualmente. Segundo ele, crédito com prazo maior é essencial para a criar condições de concorrência com empresas estrangeiras. Os financiamentos, que antes eram de 60 meses, serão duplicados.

Coutinho afirmou ainda que o BNDES pretende fortalecer a atividade do setor no exterior e, para isso, apoiará a participação da indústria em fundos de participação como o BNDESPar, quando a empresa atingir grau de gestão e de governança suficiente para que entre nesse processo. Ele informou que o banco contribuirá na estruturação de um fundo de participações que auxilie na capitalização e no fortalecimento da estrutura empresarial do setor de máquinas.

Segundo Coutinho, o BNDES vai captar recursos no exterior para investir em financiamentos nos setores de bens de capital e infra-estrutura. “A reabertura do mercado para captações soberanas brasileiras foi favorável há algum tempo atrás, o que nos leva a reexaminar a possibilidade de voltar aos mercados internacionais”, disse.

Ele enfatizou que a instituição deve, no entanto, esperar o momento adequado para iniciar essas operações no mercado, devido aos períodos delicados atravessados pelo mercado internacional ultimamente.

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