Inovação e tecnologia devem ser tratados como pré-requisitos para o desenvolvimento, defende presidente da Finep

 O setor empresarial brasileiro ainda investe pouco em inovação. Apesar disso, o presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Glauco Arbix, manifestou hoje (15), no Rio de Janeiro, sua surpresa ante a demanda por recursos para o Programa Inova Brasil, voltado a pesquisas ligadas ao etanol.

Lançado recentemente pela Finep, em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o programa teve demanda de R$ 14 bilhões para projetos de segunda geração “e outras [gerações] de etanol, contra R$ 1 bilhão anunciado pelas duas instituições.

Arbix disse que é um sinal positivo. Do total de 57 projetos apresentados, 25 foram aprovados e contarão com financiamento da Finep e do BNDES no total de R$ 3,1 bilhões. Ele do 24º Fórum Nacional, promovido pelo Instituto Nacional de Altos Estudos (Inae).

O presidente da Finep ressaltou que inovação e tecnologia “quase sempre foram tratados [no Brasil] como subprodutos do desenvolvimento e não como pré-requisitos”. Disse que cada vez mais programas mostram que o gasto em inovação aumenta o investimento agregado na economia “e não o contrário”.

Ele está trabalhando para tornar a Finep uma agência pró-ativa, no sentido de estimular o investimento em inovação nas empresas brasileiras, para agregar cadeias produtivas em todos os níveis. “Essa é uma questão chave no pré-sal”, destacou.

A meta do governo, segundo Arbix, é que o investimento em pesquisa e desenvolvimento, que hoje representa 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB), alcance 1,8% do PIB em 2015. Isso significa mais 22% de crescimento do investimento em inovação no setor público e nas empresas.

O presidente da Finep admitiu que atingir essa meta é difícil porque precisaria colocar mais recursos na economia. “Mas não é impossível”. Em paralelo, sublinhou a necessidade de o país melhorar a qualidade da educação.

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