Startup lança plataforma que permite comprar looks de celebridades direto do Instagram

Segundo pesquisa realizada pelo e-bit, o e-commerce no Brasil faturou R$ 21 bilhões no primeiro semestre do ano passado, um aumento de 7,5% em relação ao mesmo período em 2016. Desse montante, 14,8% é a fatia do mercado de moda, o que corresponde a cerca de R$3,1 bilhões. Outro destaque foi o crescimento do número de consumidores que fizeram compras online, chegando a 25,5 milhões de usuários, com expansão de 10,3%.

Foi de olho nesse crescimento e no surgimento dos sinais de recuperação da economia, que o casal formado pelo empreendedor Jean Bernardo e sua esposa Graziela Bernardo, lançou o Lookdodia.com, plataforma de social commerce que revela onde comprar looks usados por blogueiras e celebridades.

A ideia surgiu ao notar o boom das empresas de moda que passaram a apostar no potencial do Instagram como novo canal para alavancarem suas vendas através da publicação de looks, no entanto, Graziela enxergou uma lacuna neste processo: “Não existe uma integração compatível entre o perfil e o site da loja que torne os produtos compráveis”, comenta a sócia.

Visando explorar essa lacuna, o casal lançou a plataforma “Look do dia”, que funciona como um feed muito semelhante ao do Instagram, mas a diferença está em possibilitar que, com apenas um clique o usuário descubra onde comprar o look usado por aquela descolada blogueira de moda ou pela sua atriz favorita.

Se a pessoa se interessar pelo look, basta acionar o botão “compre o look” que será redirecionada para a página do produto no site da loja. “O nosso propósito é muito simples: – publicamos o look e o link da loja, ponto final! Não escrevemos sobre tendências, não ensinamos a fazer maquiagem, tampouco damos consultoria de moda, o nosso único foco é dar a fonte dos looks usados pelas blogueiras e celebridades. Simples assim”, explica Graziela.

Modelo de negócio 

O casal ainda estuda um modelo para rentabilizar a plataforma, que ainda opera com recursos oriundos do investimento próprio. “Nesse momento, estamos empenhados em atrair o maior número de lojas parceiras a fim de enriquecer a plataforma com mais conteúdo, e consequentemente atrair os consumidores, sobretudo concretizar os primeiros negócios através da plataforma”, afirma Graziela.

“Não existe receita, o dilema do ‘ovo ou a galinha’ é uma realidade em qualquer marketplace, ou seja, precisamos ter lojas parceiras para conseguir chamar a atenção dos consumidores, e vice-versa”, pontua Jean.

Questionado sobre a possibilidade do surgimento de novos concorrentes devido à simplicidade do modelo e da tecnologia utilizada, o empreendedor reforça: “costumo dar uma atenção maior para as variáveis que estão sob o meu controle, a cópia é sempre um risco inerente de qualquer negócio, isso é inevitável. No nosso caso, de fato, a tecnologia não é um diferencial, entretanto, a execução e o comprometimento com o negócio é o que diferenciará um concorrente do outro no longo prazo. Além disso, dar o primeiro passo também pode ser considerado uma vantagem competitiva”, reforça o sócio.

Investimento

Ao serem abordados sobre a hipótese da captação de uma primeira rodada de investimento de terceiros, os sócios afirmam que apesar de já estarem “namorando” com alguns fundos brasileiros, reconhecem que ainda é necessário dar um próximo passo com as próprias pernas, para que o “casamento” faça mais sentido.

“O nosso target é chegar o mais longe possível com recursos próprios como uma estratégia de preservar o equity da empresa, entretanto, estamos certos de que para escalar o negócio, o investidor será uma peça fundamental em nossa jornada”, diz o empreendedor.

Tendência 

“Acredito que o conceito de conteúdo comprável seja uma tendência para os próximos anos, onde filmes e seriados irão exibir links para a venda de qualquer coisa que apareça no cenário – mesa, sofá ou até mesmo a roupa do ator principal. Seria a TV do futuro, sem intervalo comercial, mas com anúncios embutidos”, completa Jean.

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