Intercâmbio inspira empreendedor na criação de negócio milionário

Alexandre Argenta comanda um negócio no ramo do turismo que fatura R$ 30 milhões e possui mais de 50 franquias. E tudo isso começou com uma viagem de intercâmbio. Confira o relato enviado por ele via Eu, Empreendedor.

Fui uma das primeiras pessoas de minha cidade natal – a pequena Videira (SC) – a embarcar em um intercâmbio, no início dos anos 1990. A experiência foi o pontapé para que fundasse minha própria agência, a Travelmate, que tem faturamento de R$ 30 milhões com as mais de 50 unidades da franquia. Só em 2017, inauguramos 20 lojas, crescemos 20% e iniciamos a internacionalização.

Voltei do programa de high school em 1993 e mudei-me para Curitiba, para cursar Comércio Exterior na UFPR. Lá, estagiei em uma agência de intercâmbio e já sonhava em lançar a minha própria. “Por que não ser um empresário que mexa com o mundo?”, me perguntava. Com a ideia em mente, associei-me a meu colega de faculdade Eduardo Heidemann, o qual tinha experiência de trabalho em empresas multinacionais, para fundar a Travelmate Intercâmbio & Turismo. De início, operávamos na capital paranaense e em Florianópolis (SC) e, com o sucesso, em 2008 aderimos ao franchising para expandir a rede por todo o Brasil e o mundo.

O maior desafio de todos esses anos foi a oscilação da economia brasileira, já que a variação do câmbio influencia diretamente em nossa operação. Os clientes foram conquistados aos poucos, enquanto os serviços foram sendo adicionados gradualmente ao portfólio da empresa. Hoje a rede é uma “one stop shop” – loja que oferece múltiplos serviços – de intercâmbio e turismo, com um portfólio completo de programas de ensino médio, universidade, trabalho, voluntariado e cursos no exterior, e embarca cerca de 3 mil pessoas para fora do país anualmente. Além das mais de 50 lojas nacionais, há unidades em Winnipeg (Canadá) e Brisbane (Austrália).

Na época em que me propus a fundar a Travelmate, o mercado de intercâmbio vivia sua época áurea, apesar de pouco estruturado no Brasil. Todo mundo queria estudar fora porque era sinônimo de status, era o tempo do ‘marketing sem número’ e, por isso, apostar nesse negócio era arriscado e inovador. Quinze anos depois, com o setor profissionalizado e em sintonia com os avanços mundiais, enxergo que as pessoas têm valorizado muito mais a experiência da viagem. O que vale hoje é a vivência, os contatos e as descobertas.

Para 2018, queremos a expansão da rede para o Nordeste e também cidades médias de interior, onde existe um mercado a ser desbravado – sair do país ainda é pouco acessível a quem não mora na capital. Fazer um intercâmbio despertou em mim o interesse de conhecer e trabalhar no mundo e quero que mais pessoas enxerguem oportunidades nesta experiência.

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