Lei é entrave para chegada de empresas estrangeiras

Donas de empresas estrangeiras de pequeno e médio portes desejam aproveitar o bom momento econômico do Brasil para investir no país.

Algumas estiveram no Dell Women’s Entrepreneur Net-work, encontro anual de empreendedoras promovido pela fabricante de computadores Dell, realizado de 5 a 7 de junho no Rio de Janeiro.

Boa parte dessas estrangeiras veio com muitos planos, mas com pouco conhecimento sobre legislação e empreendedorismo no Brasil.

A consultoria de recursos humanos Teruko Weinberg, dos EUA, é uma delas.

Com foco em profissionais bilíngues em inglês e em japonês, a empresa procura parceiros de negócio para lançar no Brasil o serviço de recrutamento de trabalhadores que falem português e japonês.

"Há muitas empresas japonesas no Brasil, acredito que haja espaço", pondera a fundadora, Teruko Weinberg.

A tarefa da empresária, por enquanto, é conhecer a legislação. "Preciso entender as necessidades para trazer profissionais brasileiros do Japão para o Brasil, pois há muitos que querem voltar", analisa.

A também norte-americana Wildfire, de sistemas de gerenciamento de mídias sociais, está de olho na adesão das empresas brasileiras às redes. As leis, no entanto, podem ser um obstáculo.

"Muito se fala sobre oportunidades, mas os empresários daqui mencionam dificuldades como 120 dias para abrir um negócio e custos com impostos", afirma a proprietária, Victoria Ransom.

O secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Alessandro Teixeira, relativiza o prazo para a criação de empresas no Brasil. "Não somos o único país em que empresários têm dificuldade", justifica.

Parceria
Para consultores, a vinda de pequenas empresas estrangeiras pode trazer oportunidades para brasileiros.

Interessados em parceria devem primeiro "tornar a empresa atrativa financeiramente", indica o consultor do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) Gilberto Campiao.

Depois, diz, a recomendação é mapear estrangeiros em câmaras de comércio e feiras setoriais. Carla Bea, sócia da agência de eventos de negócios 3us!Brasil, indica outros dois caminhos: Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) e embaixadas.
 

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