Lojas Maia mudam fachada para Magazine Luiza no final de semana

A partir deste final de semana, as 140 lojas da rede Maia, compradas pela Magazine Luiza em julho deste ano, passam a ter fachadas com os nomes das duas redes de varejo. O objetivo é dar continuidade ao processo de aquisição da rede paraibana de eletrodomésticos e móveis, segundo informou há pouco Luiza Trajano, dona do Magazine Luiza, que encerrou hoje o primeiro congresso nacional de mercados emergentes, realizado pelo instituto Data Popular.

Para avisar os consumidores nordestinos sobre a mudança, uma campanha publicitária com o apresentador Faustão irá ao ar a partir de amanhã.

"A rede tem 800 mil clientes no Nordeste. Nosso desafio era como dizer a esses clientes que nós tínhamos comprado a Maia, uma rede com 50 anos de história. Por isso, a partir deste final de semana estamos juntado nas fachadas Lojas Maia e Magazine Luiza", disse Luiza Trajano.

A rede pretende reformar as 140 lojas do Nordeste em um prazo de um ano para oferecer mais conforto aos consumidores. Sobre novas aquisições, a empresária disse que a rede está "atenta" para novas oportunidades e que deve também abrir ainda neste ano mais seis lojas em São Paulo.

A aquisição da rede Maia foi a primeira resposta do Magazine Luiza às fusões de Pão de Açúcar e Casas Bahia e à criação da Máquina de Vendas, associação da Ricardo Eletro com a Insinuante, também do Nordeste.

"R$ 5 BI EM AÇÃO"

Durante palestra feita no congresso sobre baixa renda, a empresária deu uma "cutucada" nos concorrentes ao citar que, no processo de associação do Ricardo Eletro com a Insinuante, informações divulgadas sobre previsão de faturamento colocavam, de forma equivocada, o Magazine Luiza em terceiro lugar no ranking de maiores varejistas do país.

"Divulgaram nosso faturamento de 2009, de R$ 3,7 bilhões, e o deles de R$ 4,8 bilhões, que seria de 2010. Por isso decidimos fazer um vídeo para motivar nossa equipe a atingir os R$ 5 bilhões", disse brincando a empresária, que exibiu no congresso o vídeo feito em alusão ao jingle que marcou a Copa de 70 no México e dizia "90 milhões em ação, pra frente Brasil, no meu coração." No vídeo, funcionários dizem que já "cresceram R$ 300 milhões" e o que o desafio agora é "faturar R$ 5 bilhões em ação".

NOVO GOVERNO

Após o evento, a empresária disse à Folha que está "confiante" no novo governo e que a história do país "nunca mais será a mesma", após uma mulher chegar à Presidência da República.

"Acho que continuaremos a ter uma economia desenvolvimentista, por que ela [Dilma Rousseff] tem o espírito muito técnico. Ela demonstra que terá preocupação com estrutura e gestão. Estou otimista porque é uma mulher no comando."

Sobre o aumento das importações e possíveis reflexos para o varejo, Luiza Trajano, que também preside o IDV (Instituto para Desenvolvimento do Varejo), disse que o governo tem demonstrado "estar aberto e atento" às questões pontuadas pelos empresários brasileiros.

"Tenho estado com o governo e eles estão abertos para acertar [o equilíbrio] entre a importação e a produção nacional. Tem espaço para os dois."

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