Lote de café paranaense é comprado por torrefadora novaiorquina

Lote produzido segundo princípios do Comércio Justo foi comprado por torrefadora novaiorquina e embarcado no Porto de Santos

A Cooperativa dos Produtores de Cafés Certificados e Especiais do Norte Pioneiro do Paraná (COCENPP) realizou, nesta semana, o primeiro envio ao exterior de um lote produzido segundo os princípios do Comércio Justo. O contêiner com 320 sacas saiu do Porto de Santos com destino aos Estados Unidos. O lote foi adquirido pela Café Bourbon, de Minas Gerais, e exportado para a torrefadora Green Malten, de Nova York.

O gestor do Programa de Cafés Especiais, do Sebrae no Paraná, Odemir Capello, comenta que a expectativa é aumentar a produção pelo sistema para realizar novas exportações do produto brasileiro. “Além disso, pretendemos visitar feiras especializadas nos Estados Unidos para divulgar nosso café e nossas condições de trabalho visando abrir novas oportunidades de negócios”, diz.

Luiz Fernando de Andrade Leite, presidente da cooperativa, relata que a transação é um marco importante para os produtores da região. "A venda para o mercado externo agrega valor para o agricultor, aumenta sua autoestima e traz riqueza e desenvolvimento para a região”, declarou.

O Comércio Justo é um selo que busca preços e padrões sociais e ambientais equilibrados nas cadeias produtivas. O movimento confere atenção especial às exportações de artigos de artesanato e produtos agrícolas, principalmente.

Para obter a certificação, o produto deve integrar uma organização formal. Com o apoio do Sebrae no Paraná, a COCENPP organizou oito núcleos em diferentes cidades do Paraná. A instituição pretende implantar outros sete núcleos até 2013. Em cada agrupamento, os cafeicultores são atendidos por um consultor que orienta a respeito da gestão das propriedades e do aumento do valor agregado do produto.

Odemir Capello explica que os núcleos de Abatiá e Ribeirão Claro foram certificados em dezembro do ano passado. Segundo ele, a certificação é uma tendência do mercado. “Num futuro próximo, será obrigatória. Os consumidores têm direito de saber a procedência dos produtos e de que forma foram produzidos”, explica.

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