Mundo Verde estuda aquisições e planeja criação de marca própria

Segundo Sergio Bocayuva, internacionalização e investimentos em novos negócios na área de bem-estar também estão nos planos da rede varejista de produtos naturais

A história e a filosofia da Mundo Verde fizeram com que o carioca Sergio Bocayuva deixasse, em 2009, a confortável posição de diretor de um banco de investimentos para retornar ao varejo. Neste setor, o executivo já acumulava experiências na fabricante de produtos de beleza Embelleze e na cadeia de lanchonetes Bob´s. A crescente demanda por franquias em todo o País evidenciava a alta capacidade de expansão da Mundo Verde, fator que também foi decisivo para a mudança na carreira de Bocayuva.

"A empresa tinha um histórico de abertura de quatro lojas por ano. Em 2010, assinamos mais de 42 lojas. O Estado de São Paulo saiu de 21 pontos para 47 e, no Brasil, passamos de 125 para 186 unidades", afirma. O objetivo agora é alcançar a marca de 430 lojas no País em cinco anos, com grande parte da expansão concentrada em São Paulo. Em 2010, a rede de franquias faturou R$ 180 milhões, um crescimento de 50% ante o período anterior. Para 2011, a previsão é de um ganho de R$ 220 milhões.

Criada por uma família de Petrópolis (RJ), a varejista de produtos naturais ajudou a introduzir no País o conceito de alimentação saudável ainda na década de 1980. Sem herdeiros interessados em assumir o comando, a empresa foi vendida em 2009 para o fundo de private equity Axxon, e Bocayuva tornou-se sócio e presidente da companhia. Desde então, a Mundo Verde vem passando por um processo de profissionalização e já arrisca passos em outros mercados.

Instalada em Portugal, a empresa quer retomar o processo de internacionalização a partir do segundo semestre e estuda aquisições de companhias no exterior. "Nossa intenção é criar uma holding de bem-estar e isso pode acontecer com empresas do Brasil ou de fora", diz Bocayuva.

Nestes planos, incluem-se o lançamento de uma cadeia de restaurantes de comida natural, a criação da marca própria, com produtos de alto valor agregado, e futuramente um negócio de comércio virtual. Com as aquisições, o executivo espera que a empresa ganhe musculatura e fala em uma possível abertura de capital daqui a sete anos.

 

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