Nos últimos três anos, mais de dois mil microempresários abriram negócios com até R$ 50 mil

Nos últimos três anos, mais de 2 mil empresários abriram negócios com até R$ 50 mil de investimento

Criado para multiplicar ideias de negócios, o sistema de franchising (franquias) ganhou versão reduzida para agradar investidores de pequeno porte. As franquias de baixo investimento, como são definidas pelo Sebrae, ou microfranquias, estão se multiplicando pelo país. Há três anos praticamente não existiam opções que demandavam um investimento de até R$ 50 mil. Hoje, são 80 companhias que possuem mais de 2 mil franqueados nas 27 unidades da Federação. Juntas elas representam quase 5% do total de franqueadores existentes no Brasil.

Os lucros acompanham o ritmo de crescimento da oferta, segundo levantamento da Associação Brasileira de Franchising (ABF). No ano passado, o faturamento do setor cresceu, em média, 25%. Neste ano, a expectativa é que o volume seja mantido. “As franquias abaixo de R$ 50 mil crescem muito por serem uma oportunidade de negócio para a classe C, que está em ascensão. É uma boa forma de iniciação para o empresário”, afirma o diretor-executivo da ABF, Ricardo Camargo.

Reformulação

Com o objetivo de atender à demanda crescente desses empresários, o Sebrae reformula produtos oferecidos atualmente para os franqueados, alguns em versão on-line. Na última semana, colaboradores e consultores do Sistema dos estados e do Distrito Federal se reuniram em Brasília para discutir as novas soluções sobre franquias, que poderão ser conhecidas pelos empreendedores por meio do Sebrae nos estados.

O produto reúne uma palestra de duas horas, um workshop de quatro e um curso de 16. O objetivo do Sebrae é apoiar o candidato a empresário no processo de escolha e decisão mais adequada ao seu perfil. Optar por uma franquia na hora de abrir um negócio tem vantagens e desvantagens, orienta o responsável pela área de franquias no Sebrae, Anibal Bastos. “As franquias têm mais solidez e o risco é menor, uma vez que há todo um suporte por trás e você não precisa criar a marca, fazer divulgação. A própria franqueadora se responsabiliza por isso. No entanto, essa maior segurança tem um preço. O franqueado tem que pagar taxa de franquia e obedecer a regras”, alerta.
 

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