Nova classe média prefere propaganda explicativa e embalagens maiores

A afirmação é de Tarek Farahat, 47, presidente da P&G (Procter & Gamble) Brasil. Segundo o executivo, em comparação com consumidores de outros países, o brasileiro "pensa muito antes de comprar". Farahat – que já trabalhou em outros mercados, como França, Alemanha, Arábia Saudita e Venezuela – destaca que os consumidores do País estão entre os que "gastam mais tempo na gôndola porque não querem ter surpresa ruim em casa".

Para fazer do País o quinto maior em faturamento em cinco anos – hoje ele está entre os dez principais –, a P&G aposta em inovação, com embalagens maiores e propagandas que expliquem, à nova classe média, os benefícios dos produtos com mais tecnologia. O comprador brasileiro da classe C quer entender qual é a tecnologia envolvida em um detergente líquido, por exemplo, que inova o hábito de lavar a roupa – e qual o benefício que isso traz, em termos de eficiência e economia.

Farahat ainda afirma que a embalagem maior torna-se a preferida do brasileiro quando ele entende sua vantagem. “Já adotamos, por exemplo, há cerca de três anos, embalagens com seis escovas de dente de cores diferentes, para atender a família de classe C que tem só um banheiro em casa e não quer misturar as escovas das pessoas”, conta. “Também estamos vendendo aparelhos de barbear em embalagens com quatro. Isso tudo depois de termos criado, há dez anos, a embalagem com até 52 fraldas Pampers – quatro vezes o que estava no mercado à época. O fracionamento de produtos não funciona no Brasil”, finaliza o executivo da P&G.

 

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