Nove Estados e DF devem banir sacolinhas plásticas

Após São Paulo, nove Estados do país e o Distrito Federal devem banir as sacolinhas plásticas distribuídas nos supermercados.

A partir de hoje, os mercados paulistas deixam de distribuir as embalagens no Estado, como foi acertado com o Procon-SP e o Ministério Público Estadual. Os 60 dias de transição, fixados em acordo, terminaram ontem.

Os supermercados são responsáveis por 90% do uso de sacolinhas plásticas no país.

Segundo Samyra Crespo, secretária do Ministério do Meio Ambiente, autoridades estaduais e associações de supermercados de vários Estados aguardam o "sucesso" da implementação da medida em São Paulo para anunciar iniciativas próprias para reduzir o uso de plásticos.

"Fomos procurados por dez Estados que querem adotar medidas semelhantes. E a nossa resposta foi que deveríamos aguardar o monitoramento dessa primeira fase", diz. "São Paulo é um Estado gigante. Em termos de classes sociais, tem um pouco do Brasil inteiro: rico, pobre, classe C, classe média etc. Se São Paulo faz, é possível fazer no resto do Brasil, mas com adaptações. Para o ministério, São Paulo é um laboratório", completa.

Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e Minas Gerais são alguns dos Estados mais adiantados para adotar as sacolas reutilizáveis, segundo a Abras (Associação Brasileira de Supermercados). "Nessas localidades já há municípios que decidiram banir a sacolinha voluntariamente", diz Sussumu Honda, presidente da Abras.

O setor tem acordo assinado com o governo federal desde o ano passado e prevê até 2015 a redução de 40% do consumo de sacolinhas.

"É um pacto assinado com o governo. Por isso iniciativas como a de São Paulo serão levadas a outras regiões", diz o presidente da Abras.

Há dois anos, os supermercados usaram 13 bilhões de sacolas no país. "O número vem caindo ano a ano. Em 2007, foram 18 bilhões de sacolas", afirma Honda.

O Distrito Federal deverá também banir as sacolinhas, de acordo com a secretária do ministério. "O presidente da associação [de supermercados] espera até o final do mês para ver como será em São Paulo para dar início à campanha", diz Samyra Crespo.

Facebook
Twitter
LinkedIn