Novo presidente do Walmart aposta em bandeiras para classe baixa

Há cerca de dois meses foi divulgada a notícia de que Marcos Samaha seria o primeiro presidente brasileiro em 15 anos de história do Walmart Brasil. Apesar do pouco tempo no cargo, o executivo tem uma certeza: a expansão da companhia continuará tendo como alvo principal as marcas Maxxi, de atacarejo, e Todo Dia, de lojas de vizinhança. Ambas são voltadas principalmente para as classes C, D e E e têm forte presença no Nordeste. “Com essas bandeiras vamos abrir lojas principalmente na periferia dos grandes centros e nas cidades pequenas”, explica Samaha.

Aquisições não estão descartadas, desde que os resultados não sejam afetados. “Não vou comprar ‘share’ sacrificando a rentabilidade”, diz Samaha. “Nossa prioridade é entregar um bom resultado aos acionistas. Não temos pressa em aumentar a nossa fatia de mercado”, garantiu.

Três executivos deixaram o Walmart Brasil neste ano – Marcelo Vienna, vice-presidente comercial, Wille Wagner, vice-presidente de integração, além do ex-presidente Hector Nuñez, transferido para outra região. Oficialmente, as saídas foram feitas por motivos pessoais. No entanto, fontes do mercado alegam que a matriz estaria insatisfeita com os resultados da filial pela demora na integração das bandeiras. Samaha nega a pressão por parte dos Estados Unidos e acrescenta que as operações de compra das nove bandeiras já estão unificadas nacionalmente. “Estamos desenvolvendo um novo sistema que irá centralizar os códigos dos produtos (hoje são três). Devemos concluir a implantação nos próximos anos”, afirma Samaha.

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