Para 2011, IBGE prevê safra de grãos 2,8% menor que a de 2010

Para a primeira safra do milho, espera-se uma redução de 7,5% em relação à observada em 2010

O IBGE divulgou nesta quarta-feira o primeiro prognóstico para a safra de 2011, pesquisado pela instituição em outubro nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste e nos estados de Rondônia, Maranhão, Piauí e Bahia. A produção de cereais, leguminosas e oleaginosas para 2011 é estimada em 144,5 milhões de toneladas, 2,8% inferior à informada para 2010.

O recuo se deve, principalmente, às menores previsões das regiões Sul (-9%) e Sudeste (-1,9%). Enquanto isso, a área a ser colhida de 47,4 milhões de hectares cresce 1,7%, tendo em vista o incremento, em praticamente todos os estados, à exceção do Paraná, Santa Catarina e Goiás.

Entre os seis produtos analisados para a safra de verão 2011, três apresentam variação positiva em relação à produção de 2010, e a projeção para a outra metade é de recuo:

Algodão herbáceo (em caroço)

O primeiro prognóstico para o algodão é da ordem de 3,7 milhões de toneladas, contra 2,9 milhões de toneladas obtidas em 2010, indicando um incremento de 27,5%.

Amendoim em casca

1ª safra – O amendoim em casca é o único que aponta decréscimo na área a ser colhida, de 3,6%. A produção registra diminuição de 11,5%.

Arroz (em grão)

A produção de arroz esperada de 12,2 milhões de toneladas é superior 7,9% à obtida em 2010.

Feijão (em grão)

1ª safra – A safra nacional de feijão das águas em 2011 aponta para a produção esperada de 2,0 milhões de toneladas, superando em 25,8% a produção alcançada em 2010.

Milho (em grão)

1ª safra – Para o milho 1ª safra, espera-se uma produção de 31,3 milhões de toneladas, -7,5% em relação à observada em 2010 devido, notadamente, ao prognóstico de queda de -7,8% no rendimento médio. A área plantada ou a ser plantada registra uma retração de -3%.

Soja (em grão)

O prognóstico inicial de soja, para 2011, de 68,1 milhões de toneladas, indica uma variação de -0,6% em comparação ao volume obtido em 2010. A área a ser colhida mostra um acréscimo de 0,8%, enquanto o rendimento esperado apresenta decréscimo de -1,4%.

Salienta-se que, tanto para a soja quanto para o milho, as condições climáticas foram excelentes em 2010, sendo observados recordes históricos de rendimentos médios para esses dois produtos. As avaliações de campo da Região Sul consideram uma provável deficiência hídrica por conta do fenômeno La Niña, embora seja consenso que não se pode indicar prejuízos até o momento.

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