Petróleo sobe com notícia de ataques na Nigéria

Os preços dos contratos futuros de petróleo estão em alta em Londres, em reação às notícias de um ataque a um oleoduto na Nigéria, que renovou as preocupações sobre a oferta da commodity do país. Mas o volume de negócios está mais fraco devido aos feriados no Reino Unido e nos EUA, os quais deixam muitos participantes de fora do mercado.

Às 7h57 (de Brasília), o petróleo Brent subia 1,11%, a US$ 133,03 por barril. O petróleo leve (tipo WTI) avançava 0,92%, a US$ 133,40 o barril no pregão eletrônico da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês). O pregão viva-voz na Nymex não funciona hoje.

Militantes do Movimento pela Emancipação do Delta do Níger disseram ter destruído um oleoduto operado pela Royal Dutch Shell PLC (RDSA) e matado 11 soldados. O Exército nigeriano, no entanto, negou o ataque.

Segundo analistas, o interesse pela compra dos contratos de petróleo permanece firme por conta dos fundamentos. Enquanto alguns questionam se o mercado – que já ganhou mais de 16% em valor este mês – pode se sustentar perto das máximas históricas, a perspectiva de oferta no longo prazo parece dar suporte.

"Os riscos de alta para o preço do petróleo são claros: o sentimento do mercado é altista e as preocupações com a oferta de petróleo fora da Opep persistem", disse Sara Hoenig, economista associada do Commonwealth Bank of Austrália.

Comentários do presidente da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), Mohammed Al-Hamli, enfatizando mais uma vez a relutância do grupo em embarcar mais petróleo, reforçaram as preocupações com oferta. "Nós como membros da Opep… ficaremos felizes em oferecer mais se o mercado precisar. Mas no momento o mercado está bem abastecido", disse Al-Hamli, que também é ministro de Energia dos Emirados Árabes Unidos, em Seul.

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