Plataforma diminui inadimplência de microempreendedores individuais

Entre os meses de janeiro e julho de 2016, o Brasil registrou a criação de quase 2 milhões de novas empresas, maior número desde 2010. De acordo com o Indicador Serasa Experian de Nascimento de Empresas, a crise financeira contribui para o aumento dos empreendimentos no país, puxados, principalmente, pelos microempreendedores individuais (MEIs), que representam quase 1 milhão de novas empresas – uma alta de 7,2% em relação a 2015. Em sete anos, os MEIs deixaram de ser a minoria  dos novos empreendimentos (44,5%, em 2010) para ser a maioria absoluta, representando 79,5% dos negócios iniciantes, segundo o último estudo.

Como trabalhar com boletos e gerenciamento das cobranças não costuma ser uma prática comum entre profissionais autônomos, MEIs e microempresas, um sistema foi criado para fazer essa gestão de forma rápida e prática. Desde o início das operações, em dezembro de 2013, o Asaas diminuiu em média, 50% da inadimplência dos usuários e, aproximadamente, uma hora de trabalho diário do MEI. “Esse é o tempo que ele gastaria todo o dia para ligar para os clientes e gerar os boletos bancários e faturas”, explica Piero Contezini, CEO e cofundador da startup Asaas.

A plataforma é utilizada por mais de 2 mil clientes, em todos os estados brasileiros. Entre eles, Marcos da Silva Santos, 37, que recentemente se formalizou no mercado. Dono da empresa que presta assessoria em documentação e vistos consulares em Suzano, São Paulo, o empreendedor migrou para o sistema depois de receber uma cobrança de outro fornecedor. “Quando eu fazia um boleto no antigo sistema, o cliente recebia como spam e, muitas vezes, atrasava o pagamento. Num determinado momento recebi uma cobrança da plataforma e passei a utilizá-la como teste. Desde então, não tive problemas com as transferências bancárias”, comenta.

Investimento em micro negócios

Os MEIs representam 22,9 milhões de empreendedores no país e movimentam um mercado bilionário, com potencial anual de cerca de R$ 15 bilhões. “O que vemos de perto é que ainda falta controle de fluxo de caixa para esses milhões de microempreendedores e isso virou o ponto central da solução. Eles não tem previsibilidade das receitas e nem controle das despesas. A ferramenta é a forma que nós encontramos de ajudar nesses dois aspectos. Auxiliar esses empreendedores a terem uma saúde financeira é o nosso objetivo de existir”, complementa Contezini.

A aplicação funciona no modelo pay-per-use e o usuário pode optar pela assinatura de planos que tornam o serviço mais barato em grandes volumes, podendo custar de R$ 6,96 a R$ 2,45 por cobrança recebida. A aplicação também gera comodidade para quem paga pelos serviços, a segunda via do boleto está sempre disponível na página da fatura, além disso o código de barras é enviado automaticamente por e-mail e SMS. O Asaas ainda conta com diversas formas de pagamento, do tradicional boleto bancário até cartão de crédito, depósitos e transferências.

Plataforma abrange o varejista

Em julho de 2016, a startup passou a atender um público até então não contemplado pela fintech: o varejista. A nova funcionalidade do aplicativo Asaas permitiu a integração de cobranças via cartão de crédito pelo aplicativo móvel. Com o mobile point of sale (mPOS) do Asaas, o comerciante precisa apenas cadastrar o valor da compra, o número do cartão de crédito e do código verificador, sem necessidade de equipamento adicional. O objetivo é diminuir os custos com as máquinas de cartão dos micro varejistas brasileiros.

 

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